N/A: Coloque “James Blunt - Same Mistake
e “Best I Can - DecyferDown” para carregar.


Se existe algo que euodeie até a morte é quando não entendo explicações de matemática, acredite ounão, até o começo deste ano eu me dava muito bem com a matéria em questão.Porém de algum tempo para cá não sei o que vem acontecendo para eu não entendernada e nutrir um ódio gigantesco pela matéria, bem, talvez eu saiba. Atualmentesó existem duas coisas em relação à matemática que eu odeie mais do que a faltade compressão, e, uma delas é a entrega das provas, que por sinal era o que acontecianaquele momento.
– Isis Marra. – Ouvi aSra. Liu chamar meu nome e caminhei a passos de lesma manca até sua mesa.
Meus olhos bateram nafolha e tentaram absorver o “F” enorme no canto superior direito da página.Crispei os lábios já imaginando o discurso dos meus pais quando chegasse aminha casa. Pelo menos essa era a única matéria em que eu tinha notas abaixo deB+, e antes que venha tirar conclusões, não sou nerd, apenas me esforço. Volteiainda mais lentamente para minha carteira, guardei a prova numa pasta, não voltariaa olhar para a mesma enquanto não fosse necessário. Cruzei os braços e deiteisobre eles fechando os olhos, não queria pensar em outra decepção em relação àmatemática. Sim, eu estava chateada, pois quando entreguei a prova, meu pensamentomais pessimista era um “B”.
– Hey, não fique assim.– senti as mãos de Jennifer afagar meu braço. Levantei a cabeça e fiz cara debrava, sua nota não havia sido uma das melhores que costumava tirar, mas tambémnão havia sido tão ruim quanto a minha. Entendendo o olhar em forma de mísseis nucleares ela deu de ombros evirou-se para frente.
– Atenção turma, comopodem ver pelas notas que vocês e seus colegas de classe tiraram a média dessasala caiu em vista do bimestre anterior. Não só na minha matéria.
– Ótimo lá vem umdaqueles longos sermões sobre ter de estudar todo dia e coisa do tipo. – ouvirum dos garotos da fileira da direita reclamar. Ri baixinho, concordando epensando que pelo menos para mim isso não adiantaria muito, já que eu havia estudadopara a prova e olha no que deu. Eu simplesmente não compreendi parte da matériae a outra parte eu me atrapalhei com o que sabia.
– Coincidentemente osprofessores do último ano criaram um trabalho interdisciplinar, que tambémservirá para que eles revisem a matérias para os simulados dos vestibulares,que como já devem, ou deveriam saber, engloba toda a matéria do colegial. Comisso eles vão dar monitorias aos alunos mais novos, o que inclui a sala devocês e uma das salas do segundo ano.
– Então vamos passarparte das nossas aulas com ele? – Liam deu voz a duvida que rondava minha mentenaquele momento.
– Na verdade vocês nãoterão as aulas do período da tarde.
– Mas elas são asmelhores! – não vi de onde surgiu a reclamação, mas eu também concordava,durante esse horário tínhamos disciplinas optativas, em geral atividades em quegostávamos e nos dávamos bem, música, danças, natação, teatro, artes marciais ecoisas do tipo. Porque nos tirar a única parte do dia que valeria a pena!?
– Além disso, as salasde aula normais são ocupadas por outros alunos nesse período, e as salas queusamos a tarde não são adequadas para estudos convencionais. E acho que abiblioteca não vai acomodar todo mundo junto.
O comentário de uma dasCDFs da sala foi o suficiente para que um burburinho se instalasse.
– Se vocês deixarem eutermino de explicar! – Sra. Liu falou um pouco mais alto que seu tom de voz –Vocês não precisaram ficar na escola durante as monitorias, porém, não seanimem tanto, os locais de estudos serão escolhidos pelos seus monitores, eeles também terão de entregar relatórios semanais com exercícios feitos porvocês e avaliação de desempenho. Esses relatórios afetaram diretamente na notade vocês, então acho bom levarem a sério.
Revirei os olhos, assimcomo boa parte da turma não estava muito satisfeita com isso, ninguém aliestava a fim de ter um formando pegando no seu pé para estudar. A frase“Terceiranistas se acham os Deuses por estarem saindo da escola” já dava pra seter uma noção de como eu e meus colegas de sala estávamos nos sentindo. Claro,nem todos os terceiranistas são assim, mas os que ainda possuem um pingo de bomsenso são poucos. Pensando nas poucas pessoas com quem tinha uma boaconvivência percebi o óbvio, eu ainda tinha uma chance de ter uma monitora de quemgostasse. Priscila, minha unnie maluca, estava no último ano. Era isso, elaseria minha monitora!
O sinal tocouinformando nosso intervalo de uma hora para o almoço. Caminhei ao lado deJennifer pelos corredores tumultuados, pelas conversas que ouvimos entre alunosdo primeiro e segundo anos as opiniões eram diversas sobre, alguns estavamfelizes por conhecerem pessoas do ultimo ano, outros irritados, e ainda haviamalunos intimidados. Enquanto pegávamos nossas bandejas Jennifer, que agora riade forma maliciosa estava pensando em seus planos para a monitoria, felizmenteela não esperava que Pryh a escolhesse, tinha um alvo diferente em mente. E pelosolhares que ela trocou com um certo rapaz enquanto passávamos por uma das mesasdo refeitório, eu já tinha idéia de quem seria o ser em questão. LeeTeuk.
– Oi monitora! – faleiassim que me sentei à mesa perto da janela que dava acesso aos jardins.
Priscila riu levantandoos olhos de um de seus livros, colocando-o de lado e puxando sua própriabandeja para si.
– Então já contaram anovidade? – perguntou ela bebericando sua coca-cola.
Fizemos que si ecomeçamos a contar para ela sobre o discurso da Sra. Liu, depois ela noscolocou a par de como o tal projeto surgiu. Sinceramente quanto mais ouvia maisestranho eu achava o professor de filosofia dela. O cara tinha tido a idéia nomeio de uma aula sobre Sócrates.
– Agora vamos ter queencarnar o próprio filósofo e fazer vocês “darem a luz ao conhecimento que jápossuem e não sabem” – ela imitou a voz do professor e nos começamos a rir emseguida.
– Mas já escolheramquem vai monitorar quem? – perguntei ansiosa.
Priscila me olhou de umjeito estranho e eu engoli em seco, aquilo não parecia ser um bom sinal.Jennifer a encarou com os olhos estreitos também querendo saber. Nossa unnieficou vermelha, aí estava um claro sinal de que algo estava muito errado.
– Diz logo o que vocêsabe! – dessa vez não fui eu, o estresse fica por conta da Jennifer.
– Bem, já escolhemos sóque... – ela olhou para a uma das mesas do outro lado do refeitório. Jennifer eeu acompanhamos seu olhar, e então cada uma teve uma reação completamentediferente uma da outra.
Já entendendo o recadosubliminar a louca mais nova só faltou sair por ai dançando, se alguém daquelamesa havia escolhido-a só podia ter sido LeeTeuk. Agora voltando a mim, seLeeTeuk já era monitor de alguém restavam três garotos: Henry, não poderia ser pois ele estava no segundoano, DongHae provavelmente o escolheria só para a Priscila não fazer par com omesmo, já que embora fosse idiota, ele tinha ciúmes do pobre garoto, com isso restavaa pior e mais horrível das opções, Cho KyuHyun. Só de pensar na possibilidade deter o meu ex-namorado como monitor fiquei enjoada, isso não ia acontecer, nãotinha como, ele não me escolheria.
– Quem... Quem... Vãoser nossos monitores? – perguntei deixando um pouco de aflição transparecer navoz.
– O da Jenny é oLeeTeuk, e o seu... O... Kyu – a ultima palavra saiu em um tom baixo, mas paramim foi como receber uma bomba atômica na cabeça.
– QUE!? NÃO PODE SER! –Eu gritei, e com isso ganhei a atenção de várias pessoas, inclusive dele. Como se isso não fosse osuficiente quando olhei na direção da mesa deles o idiota mantinha um sorrisosarcástico, o que atualmente parecia o único disponível. Por essa mera atitudeeu já soube que minha vida se tornaria um inferno. – Porque você deixou issoacontecer? Podia ser qualquer um, mas ele não. – meu tom de voz alterava entreacusador e choroso.
– Primeiro porque umadas regras era escolher parceiros do sexo oposto.
– Podia ter sido oDongHae então, até você sairia ganhando, podia ter convencido ele. –choraminguei. Nesse momento eu já estava com a cabeça apoiada na mesa,amaldiçoando Deus e o mundo.
– E até ia, masinfelizmente, o sobrenome dele é o primeiro de todos nós na chamada. E, escutedireito o que vou dizer, ele quis teescolher mesmo sabendo que era minha primeira opção para manter algumaspiranhas longe do meu homem.
Pelo menos eu não era aúnica que queria matá-lo. Iria perguntar o porquê de ela não ter feito DongHaeescolher Jennifer como segunda opção, mas essa era uma pergunta idiota já quenem ela nem o namorado deixariam LeeTeuk sem sua querida Jenny.
– Seus professores nãoperceberam que isso podia ser bem pior não? Tem uma galera que tem históriassobre vários pegas que não é segredo pra ninguém.
– Isso foi umaindireta? – meu humor não estava dos melhores.
– Não tava pensando emvocês especificamente ok? Até eu me encaixo nessa então não estressa. – retrucou Jennifer, voltando os olhos para amesa dos garotos, cumprimentou um deles, que eu sabia quem sem nem ao menosolhar. – E você unnie, com quem ficou?
– Henry. – falou ela eriu, Jennifer havia se afogado com o suco de laranja.
– E deixaram? –perguntei surpresa.
Minha fossa estava meconsumindo, mas eu precisava ouvir essa história. Nossa unnie apenas riuenquanto voltava seus olhos para DongHae, mandou um beijo para ele que tambémpiscou e sibilou algo que eu não entendi, mas pelo sorriso de Pryh ela captou amensagem. Aqueles dois me davam diabetes.
– Quer fazer o favor deparar de namorar a distância e responder? – agora o estresse havia sido meu.
– Na verdade ele e oHenry meio que fizeram um acordo. O DongHae acha mais fácil bater em umconhecido, e ameaçá-lo de contar seus podres do que fazer o mesmo com umestranho.
De um jeito muitoestranho aquilo tinha sim algum sentido, pena que eu não poderia ameaçarninguém para me trocar de monitor.
– E você escolheu quempara o DongHae monitorar? – quis saber Jennifer.
– Amber.
– Troca de casais é? –provoquei e começamos a rir. Aquela escolha era tão pretensiosa quanto a deDongHae, já que ela sabia que os dois, apesar de negarem, pareciam bem mais queamigos.
Conversamos pelo restodo almoço, tentando entender porque Kyu me escolheu, já que desde queterminamos o máximo de contato que tivemos era resumido a ignorar e quando issonão era possível éramos muito formais um com o outro. Pelo visto esse“trabalho” estava mais pra juntar casais, mesmo os que se odiavam, do que pramelhorar nota. E com a sorte que tenho fui a única a ficar com alguémindesejável. Parabéns pra você Isis.

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O tempo é mesmo umadroga, quando queremos que os dias passem, eles se arrastam de uma formairritante. Já quando queremos que ele congele, parecesse que os ponteiros dorelógio viram o papa-léguas correndo na velocidade da luz. Minha ultima semanade liberdade se encaixou na segunda opção. O fim de semana também não duroutanto quanto eu queria, e por incrível que pareça eu estava preferindo as aulasda manhã a ter que lidar com KyuHyun.
Para piorar a situaçãoo idiota havia deixado um bilhete no meu armário informando os horários dasmonitorias e o local, a casa dele. Preciso dizer que fiquei morrendo de raivapor ele nem se dar ao trabalho de saber se eu podia ir até lá? Que bom que não.Mas a parte estranha foi que também fiquei com raiva por ele não fazer como osoutros monitores, até alguns dos que eu julgava prepotentes estavam sendolegais com os alunos mais novos e conversavam, marcando os horários e locais deestudo conforme a disponibilidade das duas partes. Mas, não estamos falando detodos, e sim de Cho KyuHyun.
Almocei com as garotase depois fui para casa trocar meu uniforme por calça jeans e camiseta. Apósestar devidamente vestida peguei a mochila com os materiais necessários e fuicaminhando para o bairro de Kyu, ele não morava muito longe então pegar ônibusme parecia uma perda de tempo. Virei a esquina da rua dele, ao longe avistei acasa que eu conhecia bem, fazia quase um ano que eu não ia até lá, mas nadaestava diferente. Suspirei enquanto andava pelo caminho de pedras brancas,aquilo iria ser no mínimo estranho. Levantei a mão para apertar a campainha,mas antes de fazer isso a voz dele me sobressaltou.
– Você está atrasada,eu tenho mais o que fazer sabia? – Kyu estava sentado num sofá de palha quehavia no canto mais afastado do alpendre.
– Pelo que eu saibavocê estaria no colégio se não estivesse me monitorando, então quer fazer ofavor de não resmungar? – respondi ríspida, quem ele pensa que é pra me tratarassim?
– Quanto estresse. – asduas palavras carregavam um desdém típico de quando ele não queria se dar porvencido. Mas, ao contrario do que pensei, ele apenas se levantou e entrou emcasa sem me dizer mais nada. – Vai ficarparada do lado de fora por quanto tempo?
Revirei os olhos. Ele realmentenão havia mudado nada, e aparentemente a casa também não. Alguns detalhes nadecoração estavam diferentes, mas oconceito em si era a marca registrada da Sra. Cho. Foi só pensar nela quelembrei que naquele momento os pais de Kyu estavam trabalhando, ou seja, a casainteira só pra nós dois. No passado eu teria amado isso, mas agora, essasituação apenas me deixava desconfortável. Engoli em seco e caminhei rumo aosofá, ele subiu as escadas para pegar alguns materiais. Agradeci mentalmentepor não precisarmos ir lá pra cima para estudar. Meus olhos prenderam-se nas fotografias daestante, havia algumas do Sr e Sra. Cho ainda jovem, fotos do nascimento dosdois filhos e uma foto do aniversário de dois anos atrás dele, essa eu nãoesperava ver, pois eu estava sentada em seu colo fazendo um careta enquantoseus braços envolviam minha cintura.
– Viu algum fantasma? –maldito sarcasmo! Olhei para a escadaria e lá estava ele parado no alto com suapose de “sou o maior”.
– Tirando você, nenhum.– minhas respostas seriam totalmente secas enquanto ele se mantiver nessapostura ridícula. – Será que podemos começar logo ou vai ficar ai parado meolhando?
– Vamos acabar com issologo.
E assim o fizemos, oupelo menos tentamos, já que mesmo durante as explicações um sempre dava umjeito de alfinetar o outro. Já deve imaginar que metade do tempo foi perdida, egraças a isso, acho que aprendi menos do que se estivesse estudando sozinha oucom a Jennifer. O mais contraditório, foi que, apesar dos insultos trocados,ainda assim me diverti um pouco, e não vi o tempo passar. Talvez sejabipolaridade, não sei.
– Mesmo horário napróxima, e vê se termina esses exercícios. – disse ele me entregando uma folhacom diversos problemas pra resolver. Bufei olhando pra quantidade absurda, masnão falei nada, já que querendo ou não, duvido que alguém consiga aprendermatemática se não for resolvendo exercícios. Virei as costas e sai caminhando.– Pelo menos diz tchau!
– Tchau! – falei semolhar pra trás, porém contrario a esta postura inabalável, um sorriso idiota seformou em meus lábios, como já deu pra notar, parte de mim havia gostadodaquela tarde.
Na manhã seguinte osalunos da escola pareciam mais agitados que o normal. Nas aulas os professorestiveram um pouco de trabalho para controlar a euforia dos meus colegas desala. Boatos de monitorias queterminaram em amasso não demoraram a surgir, alguns claramente não passavam defofoca, mas outros pareciam sim ter chance de ter acontecido. Pude ouvirgarotas se gabando do quanto seu monitor era gostoso, e entre os rapazes tambémnão era diferente, ouvi os mais variados tipos de comentário sobre o corpo dealgumas das garotas do terceiro ano que monitoravam garotos mais novos. A partemais bizarra é que aparentemente o numero de “papa-anjos” do colégio haviacrescido.
A única coisa que meincomodou um pouco foram os olhares tortos que recebi de grupinhos de garotas.Alguém me fizera o favor de espalhar que eu e Kyu também havíamos aproveitado muito bem a tarde anterior. Ótimo tudoque eu precisava era ser alvo de disparates como esse. E pior, durante ointervalo aquele idiota ficava me olhando de um jeito que dava mais brechaspara comentários mesquinhos das garotas. Priscila e Jennifer depois de mefazerem um interrogatório básico e saberem se as fofocas eram verdade ou não,me disseram para relaxar e ignorar. Falar é fácil!
Assim que o sinal daultima aula tocou fui uma das primeiras a deixar o prédio da escola. Peguei meuIpod e liguei no máximo, isso evitaria ouvir conversas desnecessárias. Seguicaminhando para o ponto de ônibus. Quando já estava bem próxima ao local leveium susto enorme, algum idiota resolvera buzinar bem do meu lado.
– Filho de uma... Kyu!Vai assustar outra pessoa seu idiota! – gralhei e voltei a andar apressada.
Desistir não era algoque se podia ver tão facilmente na postura de KyuHyun então não me surpreendeiquando ele começou a me acompanhar letamente com o carro.
– Vai me seguir agoraé?
– Eu venho te ofereceruma carona e é assim que você me trata? – falou ele desviando a atenção da rua.
– Porque você nãodesiste de me importunar?
– Primeiro porque édivertido, segundo porque eu quero te dar uma carona, terceiro porque sua mãenão vai estar em casa então pode ir almoçar comigo.
Maldita hora que minhamãe e minha ex-sogra são como melhores amigas. É claro que ela tinha quemencionar para a Sra. Cho que iria ir viajar com o papai para ver uma tia queestava doente. Isso sem contar o fato de que as duas eram totalmente contra onosso término. Vê se eu mereço ter mãe e sogra como cupido? Definitivamentenão. Mas, aparentemente, o imbecil do Kyu não se tocou desse detalhe.
Olhei pra ele que aindamantinha aquela cara sínica de sempre. Idiota. Ponderei um pouco, se eu fossepra casa teria que preparar ao almoço, e sinceramente eu não estava com amínima vontade de cozinhar e depois ir andando até a casa da família Cho.Embora fosse perto, o calor estava realmente insuportável.
Bufei e entrei no carrotomando o cuidado de ficar olhando para a janela durante todo o percurso. Vezou outra sentia o olhar de KyuHyun sobre mim, mas não daria o braço a torcer,havia decidido naquela noite que não deixaria que essas nossas monitorias me abalassem.Ele estacionou o SUV na garagem da casa e entramos, mais uma vez a residênciaparecia vazia. Cogitei a possibilidade da Sra. Cho estar fazendo isso depropósito, o que ficou pareceu ainda mais concreto quando a empregada dafamília nos serviu o almoço e depois inventou que teria de sair para fazercompras. Ótimo, sozinhos outra vez.
– Odeio quando a únicacoisa que escuto durante o almoço é o barulho do jokarak batendo na tigela. –reclamou ele mal humorado.
– Sinto muito, mas achoque não tenho nenhum assunto de seu interesse. – rebati voltando minha atençãopara minha porção de budaejjigae.
Ele me olhou por algunssegundos e então sorriu sem humor e voltou a comer sem me dirigir a palavranovamente. Alguma coisa naquela atitude me deixou um pouco melancólica, me fez lembrarquando passávamos horas conversando sobre coisas triviais, ou quando passávamosuma tarde toda na frente da TV jogando vídeo-game. Suspirei cansada. Que droga era aquela que estava acontecendocomigo?
Depois de terminarmosde almoçar resolvi lavar a louça, era uma maneira fácil de evitar Kyu enquantodávamos um tempo do almoço e pra descansar. Enquanto fiquei na cozinha elesubiu e tomou um banho, nesse momento desejei poder fazer o mesmo, graças a eleteria de ficar com o uniforme da escola, e, a maldita saia curta que erapéssima pra ficar sentada no chão como fizemos ontem. Assim que terminei medirigi pra sala e comecei a separar algumas coisas que iria usar, estava tãoentretida nesse processo que nem notei quando Kyu se aproximou.
– Prefiro quando vocêestá assim, mais calma. – sua voz me assustou.
– Garoto quer parar debrotar do nada? Isso já está me assustando. E se você não ficar me enchendoposso pensar no seu caso e ser uma pessoa mais calma, só depende de você. –respondi um tanto sínica.
Ele inclinou a cabeça eestreitou os olhos pensando no assunto e depois deu de ombros.
– Melhor começarmoslogo com isso. Onde estão os exercícios de ontem?
Para evitar falar muitacoisa repetida tanto aquela tarde quando as outras que se seguiram na semanaforam iguais, eu acertava um exercício e ele era sarcástico, eu errava e ele seexpressava, até que eu mesma ficava irritada e me levantava pra ir embora falandoque a explicações dele não ajudavam, ai ele explicava um pouco melhor e euconcentrava toda a minha raiva em fazer os exercícios, e conseguia acertaralguns. Na segunda semana brigamos um pouco menos, talvez porque eu estavatendo uma maior facilidade para fazer os exercícios ou porque os dois jáestavam cansados desse joguinho.
Os olhares atravessadossobre mim se intensificaram ainda mais no meio da terceira semana quandofinalmente aceitei que Kyu me desse carona diariamente. Antes eu só estavaaceitando quando estava muito cansada ou quando minha mãe avisava que nãoestaria em casa. Boatos sobre nos dois termos reatado o namoro começaram a serobjeto das más línguas do colégio, no entanto por conveniência decidimos queapenas ignoraríamos, pelo menos nisso nós concordávamos, se estressar sóagravaria mais.
– E então? – pergunteiolhando para a terceira folha de exercícios daquela sexta.
– Finalmente parece quevocê acertou todos. – um mínimo sorriso de satisfação despontou em seus lábios,mas logo desapareceu sendo substituído pela postura prepotente – Me diz cadêsua cola? De que livro você copiou?
– Copiei? Você quemcriou esses exercícios e acha que eu colei? – Levantei e fiquei de pé em frenteà poltrona que ele estava sentado – Não pode simplesmente aceitar que euconsegui aprender essas malditas funções de X?
Naquele momento fiqueitão estressada com a implicância dele que podia socá-lo. Pode parecer exagero,mas a única vez que consegui acertar tudo ele me tratar assim foi demais. E,aquele havia sido o único dia em que não havíamos brigado, e eu estava mesentindo bem daquela forma, como não me sentia desde quando namorávamos. Essapercepção foi o suficiente para que eu ficasse ainda mais assustada. Mesmo semdar permissão minha mente e meu coração criaram a esperança de que poderíamosvoltar a ser como antes, e aquela acusação só provava pra mim que esperar issoera perder tempo.
– Quer saber? To fartadas suas brincadeiras idiotas. Vou embora, e se quiser me entregar por ser uma“monitorada” rebelde vai em frente não ligo. Eu não sou obrigada a ficarouvindo você dizer que eu colei. Você éum imbecil!
Catei minha mochila eas coisas em cima da mesa e sai batendo a porta com força. Acho que minhaexplosão inesperada – provavelmente parte dela impulsionada por sensibilidadeem excesso por causa da TPM – deixou Kyu em choque já que ele não veio atrás demim. Ou então porque ele é mesmo um idiota de marca maior. Tanto faz, não iafazer diferença mesmo, minha paciência tinha limite, e três semanas desarcasmo, brincadeiras idiotas do tipo que ele tem certeza que eu odeio e umaacusação injusta era mais que suficiente pra me fazer perdê-la.

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N/A: Dê play em Same Mistake.

Só quando Isis saiupela porta percebi o maldito erro que havia cometido, não era a primeira vezque minhas brincadeiras causavam uma briga entre nós. Não levava isso tão asério, pois gostava de vê-la irritada, mas talvez agora tenha sido mais do queela podia suportar. Cheguei à conclusão de que dessa vez ela nunca mais iriaquerer me ver, certamente estava com mais raiva de mim do que quando terminamoso namoro. A parte ruim disso é quebastaram essas três semanas para eu me acostumar com sua presença novamente.
Seu jeito de terrespostas na ponta da língua para meu sarcasmo era único, desde sempre ela eraassim, quando eu fazia brincadeiras ela me respondia à altura. Bem, quando issonão era grave como a última. Quando não estávamos discutindo eu podia meaproveitar de sua áurea contagiante e daquele sorriso, o mesmo que eu pude veralgumas vezes durante esse pouco tempo que voltamos a passar juntos.
Não vai se apaixonar por ela outra vez” – A frase que havia ouvidode um de meus amigos durante a semana me pegou de surpresa. Culpa, raiva de mimmesmo e até tristeza substituíram-se por um estado catatônico. Tentei melembrar do motivo de ter escolhido-a para monitoria, quando LeeTeuk mequestionou sobre isso havia dito-lhe que era porque seria divertido implicarcom ela, isso não o convenceu, e foi daí que a frase saiu.
– Não posso me apaixonarpor alguém que nunca esqueci. – as palavras saíram da minha própria boca, noentanto pareciam distantes, não adiantaria de nada eu concluir isso agora.Aishi não me perdoaria jamais por tantos atos imbecis.
“Você precisa tentar reconquistá-la” – uma voz gritou do fundo daminha mente e conseguiu despertar um pouco da garra que ainda me restava.

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Na segunda feiracheguei atrasada a escola, havia dormindo demais, e como dispensara a carona dePryh, por não querer que ela e Jenny me enchessem de perguntas, perdi oprimeiro horário de aula. Tanto faz era apenas uma aula de literatura. Não iriafazer tanta diferença assim. Como não poderia entrar na sala peguei meus livrose segui para a biblioteca. Sentei em uma das cabines de estudos e tentei adiantarum dos resumos que teria que entregar naquela semana.
Minhas anotaçõesestavam um pouco desconexas então resolvi que precisaria de uma enciclopédiapra me ajudar. Levantei-me da minha cadeira, só então notando quem estavasentado numa mesa mais afastada, Kyu já não olhava seu caderno e sim para mim.Alguma coisa parecia diferente nele, sua postura não parecia tão egocêntrica.Provavelmente era mais uma de suas brincadeiras, resolvi ignorar e seguir meucaminho. Voltei cerca de dez minutos depois e ele não estava no lugar de antes.Ótimo.
Numa façanha incríveleu consegui não só terminar o resumo de história como deixar os deveres deoutras matérias bem adiantados. Há muito tempo não fazia minhas tarefas tão rapidamente,principalmente contando com os exercícios de matemática. È pelo menos aquelamonitoria infernal me rendera um avanço. Juntei os livros que eram meus em umapilha e devolvi os outros a bibliotecária. Coloquei minha mochila nas costas ejá estava saindo quando um bilhete caiu do meio do meu caderno. Voltei a apoiarminhas coisas na cadeira e o abri.

“Seique fui um idiota, não queria ter dito aquilo.
Vocêsabe que não penso para fazer minhas brincadeiras,
simplesmentefalo sem pensar e ai acontecem coisas desse tipo.
Aindaquero que continuemos com as monitorias,
prometome esforça.
Desculpe-me.
Kyu.”

– Olha que bonitinhoele ta arrependido. – a frase sarcástica escapou de minha boca antes mesmo quepudesse me conter. Coloquei o papel de volta no lugar e segui pra aula. Aquilonão era suficiente.
Minhas aulas forammonótonas ao extremo. A escola devia estar fazendo parte do complô contra minhapessoa, só podia. Agradeci quando o sinal do intervalo tocou e segui para meuarmário, guardei os livros e encontrei um novo bilhete de desculpas de KyuHyun,parece que ele agora também agregara persistência as suas qualidades. Não deibola para aquilo e segui para o refeitório. Comprei dois cupcakes e sai de láantes que alguém me visse, não iria me trancar e ficar escondida, só queriaficar sozinha no jardim onde o tempo estava até agradável. Pelo menos era essaa desculpa que eu me dava.
Coloquei os fones noouvido e me sentei na grama colocando os braços pra trás para apoiar meu corpo.Fechei os olhos e tentei relaxar. Alguns minutos depois alguém parou na minhafrente e me cutucou. Abri os olhos e vi um menino mais novo que eu.Provavelmente devia estar na sexta série. Ele disse alguma coisa mais nãoentendi por causa dos fones.
– Desculpa poderepetir?
– Perguntei se você é aIsis. – eu assenti. – Me pediram pra te entregar isso. – Ele me passou umacaixinha pequena e saiu correndo.
Olhei em sua direçãoestranhando. O garoto tinha problemas?Dei de ombros e voltei minha atenção para a caixa. Dentro dela havia quatrotrufas, procurei por um bilhete ou alguma coisa que identificasse seu“remetente”. Mas não achei nada. Parti uma das trufas ao meio e experimentei umpedaço. O gosto estava normal. E eu realmente não podia resistir a chocolate,era até maldade me mandarem isso. Depois de terminar a segunda trufa minha fixacaiu.
– Droga são do Kyu! –resmunguei.
Não devia aceitar issojá que não o desculpei. Mas agora que havia comido duas não podia devolver. Ignoreiminha consciência e acabei comendo as que restavam. Quando terminei percebi queembaixo delas havia um bilhete, não o havia percebido antes porque seu papelera exatamente da mesma tonalidade do interior da caixa.

“Seique esses chocolates não são desculpas o suficiente.
Mas tambémsei que chocolate te deixa um pouco mais alegre.
Kyu.”

Kyu podia ser um idiota,mas eu tinha que admitir eu ficara mesmo mais contente com os chocolates. Issoque dar seu ex-namorado saber de seus gostos. Porém, ainda assim foi jogo baixo. Enfiei o bilhete no bolso e volteipra sala.

~~~~*~~~~

O restante da semanacorreu até bem, na medida do possível claro. Expliquei o que aconteceu paraPryh e Jenny, e elas me surpreenderam não fazendo nenhuma pergunta. Os olharestortos diminuíram, talvez porque eu não estava voltando de carro com Kyu. Aparte estranha foi que os professores não vieram me perguntar por que eu deixeide ir às monitorias. Resolvi que não iria reclamar disso. Se eles ignoravam eutambém iria. Alem disso, Pryh estava me passando alguns exercícios extras queHenry não usaria, assim mantive a rotina de estudos normalmente e até me deibem numa prova surpresa que tivemos na quinta feira. Os bilhetes de desculpanão pararam, todos os dias havia um diferente no meu armário, ou no meio dosmeus cadernos. Queria saber como Kyu conseguia entrar na minha sala sem euvê-lo já que me mantinha sempre próximo a elas.
– Isis Marra! –levantei a cabeça tentando entender o porquê de a professora estar me chamando.Havia dormindo na aula. Mas não pense que foi por ser uma má aluna. Pelocontrario eu já havia terminado todas as tarefas e os outros ainda estavamocupados, então cruzei meus braços sobre a carteira e encostei o rosto nosmesmos para descansar um pouco. Mas parece que apaguei.
– Sim professora? –respondi ainda sonolenta. Ela fez um sinal para que eu fosse até sua mesa, melevantei e fui até lá onde ela me entregou algumas folhas, voltei para a mesa,pois o próximo nome da lista já estava sendo chamado. – O que é isso? – pergunteipara Jennifer.
– Uma copia dosrelatórios dos monitores, parece que você também teve um bom resultado. – Elacomparava sua folha com a minha.
– Isso eu percebi, masolha, aqui tem exercícios referentes a ultima semana e um relatório do Kyu commeu desempenho sobre eles. – falei espalhando as folha sobre a mesa. Olhei paraaquelas contas com mais atenção e fiquei surpresa. – Espera! Esses são osúltimos exercícios que a Pryh me passou. Ela disse que o Henry não ia usar.
– Não ia mesmo porque amonitoria dele é de química e esses são exercícios de matemática. – Jenniferfalou e então tapou a boca, parecia que tinha dito algo que não devia.
– O quê você... – minhafala foi interrompida pelo sinal.
Jennifer não me esperouterminar e saiu correndo pela porta.
– Pryh o que é isso? –mal cheguei à mesa e já fui colocando as folhas em frente a ela.
– Seus exercícios?
– Eu sei, mais porqueestão com a correção feita pelo Kyu e constando como parte da monitoria?
– Porque ele me pediu ofavor de te passar sem dizer que era dele e depois entregasse pra ele corrigir,assim você não se prejudicaria por não querer mais ir às monitorias – explicouela como se fosse à coisa mais simples do mundo.
Fiquei estática. Elerealmente estava se esforçando para que eu o desculpasse. Mas, ao mesmo temponão falava diretamente comigo, tudo bem que eu deixei claro que eu não queriavê-lo nem pintado, mas não entendi o porquê de tanta preocupação. Afinal nossohistórico de brigas era bem diversificado.
Virei de costas e fuiaté a mesa onde KyuHyun costumava almoçar, queria tirar essa história a limpo.Além disso, eu ele estava me devendo à resposta do porque me escolher nessasmonitorias. Na mesa do refeitório onde os garotos costumavam ficar só seencontravam três dos quatro rapazes. Perguntei-lhes onde estava Kyu só pra elesme responderem que a peste havia faltado.
“Maravilha só porque hoje eu queria falar com ele. Muito bem Kyu!” – penseienquanto voltava pra sala.
Resolvi que não iriaassistir às aulas do ultimo tempo. Peguei minha mochila e dei um jeito de sairde fininho da escola. Tive sorte de não esperar muito tempo por um ônibus.Estava tão presa em meus pensamentos que acabei perdendo o ponto onde deveriadescer, no entanto ao invés de esperar pelo próximo, decidi seguir até a paradamais próxima da casa de Kyu. Seria melhor ter uma explicação rápida. Desci doônibus e caminhei mais duas quadras.
Olhando de fora nãonotei movimento nem sinal de nenhum dos carros da família Cho. Toquei a campainha,mas ninguém atendeu. Já estava indo embora quando por algum impulso resolviconferir se porta estava trancada. Não me pergunte por que fiz isso, já que atéeu mesma me assustei quando a maçaneta girou e a porta se abriu. Entrei na salae chamei por Kyu, ele não respondeu, no entanto pude ouvir um barulho no andarde cima. Subi as escadas e segui o som, pareciam os acordes de um violão.

N/A: Dê play em Best I Can.

Segui até o quarto deKyuHyun e abri a porta, ele estava sentando na cama com um violão nas mãos,porém não tocava. Os olhos estavam fechados e ele parecia tentar absorver amelodia da canção que ouvia, seusheadphones estavam tão altos que graçasao silencio do restante da casa eu podia ouvir o instrumental da música mesmosem me aproximar. Pelo menos o motivo de ninguém atender a campainha já estavaexplicado. Iria chamá-lo, mas seus dedos vagaram pelas cordas do violão e elecomeçou a cantar uma canção que até então eu desconhecia.

I've beenthinking about
Eu tenho pensado sobre
All ofthose lyes that you heard me say…
Todas asmentiras que você me ouviu dizer…
I can make them go away
Todas asmentiras que você me ouviu dizer.
I've beenthinking about
Eu tenho pensado sobre
All themistake you've seen me make
Todos os erros que você me viu fazer.

Não sei por que, mais não consegui interrompê-lo, há muitotempo não ouvia sua voz carregada de tanto sentimento. Deixei-me encartar pelacena, e pela letra da canção.

When I canbarely hold on
Quandoeu mal posso manter-me firme,
You promise to won't let me go
Vocêpromete não me deixar ir.
And I want you know…
E eu quero que você saiba...

Assim de olhos fechados e deixando a música guiá-lo Kyuficava totalmente livre de sua postura sarcástica. Desse jeito ele me lembrava muito o “meu Kyu”.

I don't live a perfect life
Eu não vivouma vida perfeita,
But Godknows I'm trying the best I can
Mas Deus sabe que eu estou tentando o melhor que euposso.
And I have wastedso much time pretending
E, eu tenhoperdido tanto tempo fingindo,
I'm not lying about who I am
Eu nãoestou mentindo sobre quem eu sou,
Now I'mliving the best I can
Agora eu estou vivendo no melhor que eu posso.

Um sorriso triste se formou em seus lábios nos dois últimosversos, isso me fez querer abraçá-lo, mas, ao mesmo tempo eu não conseguia sairdo lugar.

I've beenthinking about
Eu tenho pensado sobre…
It's sohard to see what You see in me
É tão difícil ver o que você vê em mim.
Would Youlay down for me?
Vocêabandonaria isso por mim?
I've beenthinking about
Eutenho pensado sobre…
This isn't the way I thought I would be
Estanão é a maneira que eu penseique seria.

When I canbarely hold on
Quandoeu mal posso manter-me firme,
You promise to won't let me go
Vocêpromete não me deixar ir.
And I want you know…
E eu quero que você saiba...

Senti-me metralhas pelos versos da canção, costumávamos dizerque nunca deixaríamos o outro cair, mesmo se estivéssemos longe. Pensei sobrecomo ele manteve os relatórios da monitoria. Será que era sobre isso que ele estava pensando nesse momento?

I'mbreaking down
Euestou fracassando
And nowI've found
E agora eu encontrei
A reason to makeit
Uma razãopara fazer
This timearound
Estetempo voltar
No matterwhere I go
Nãoimporta aonde eu vá,
I want you to know
Euquero que você saiba
I know that I'm never alone
Eu sei que eununca estou sozinho

Encontrar uma forma de fazer o tempo voltar era tudo o que euqueria. Mas, voltar para a época em que não brigávamos. Sentia falta disso. SóDeus sabe como sentia.

No matter where I go
Não importa onde eu vá…
I want You know
Você sabe que eu quero.
I'm living the best I can
Estou vivendo o melhor que posso.

Ele parou de tocar derepente e suspirou cansado, deixando o violão de lado. caindo de costas na camae tirando os headphones.
– Posso estar vivendomeu melhor, mas não é o suficiente pra te trazer de volta. Talvez eu seja mesmoum imbecil que só sabe fazer brincadeiras de mau gosto.
Sua voz estava aborrecida,vendo aquela cena, sabendo exatamente sobre o que ele se referia eu não mecontive e fui até ele.
– Você é um poucoidiota, mas se conseguir ser menos sarcástico talvez eu possa agüentar. – faleime sentando na cama.
Kyu abriu os olhosassustando, sentando-se também. Ficamos muito próximos, podia sentir suarespiração bater no meu rosto.
– Aishi? Como vocêentrou aqui? – perguntou estranhando minha presença. – Quer saber não importasó me ouça, por favor!
Assenti, me perdendo umpouco em seus olhos.
– Me desculpe, eu fuimesmo um idiota, sei que não tem motivo pra acreditar em mim... – ele paroucomo se tivesse ponderando se devia me contar ou não alguma coisa. – No inicioachei que seria divertido implicar com você nas monitorias, mas... Não é porisso, eu... Não sei o que você vai achar disso, mas... Eu ainda te amo.
Arregalei os olhos,KyuHyun estava mesmo me confessando que não havia me esquecido? Eu devia estarsonhando só podia. A quem eu quero enganar, não o esqueci. Enquanto ficava medizendo que ele era um idiota que não merecia que eu me estressasse com nossasbrigas eu não conseguia parar de pensar nele, e de lembrar de tudo que vivemos.
– Okay pode começar ame xing... – colei meus lábios nos dele antes que a frase fosse terminada. Sentia falta do toque dos lábios dele, de seucheiro tão próximo a mim.
KyuHyun me puxou paraseus colo, eliminando a pouca distancia que ainda nos separava, entrelacei meusdedos aos seu cabelo em sinal de aprovação e ele mordiscou meu lábio inferior edepois prende-o entre os dentes e puxou para si. Suas mãos passeavam pela minhacintura às vezes seguindo para minhas costas. Deixei que as minhas fossem deencontro ao seu tórax, vez ou outra deslizando para as costas subindo até seusombros, enquanto eu me perdia entre seus lábios.
Cedo demais ele desgrudou nossas bocas, meencarou de uma forma que eu não posso descrever, a saudade que sentíamos um dooutro era refletida naquele olhar. O abracei afundando meu rosto na curva deseu pescoço e sentindo aquele cheiro de colônia que eu tanto amava, era aindamelhor do que eu lembrava. Ele me apertou mais forte contra si. Talvez temendoque eu mudasse de idéia. Apenas dei um beijo no seu pescoço como uma forma delhe assegurar que eu não fugiria.
– Sis... – fazia muitotempo que eu não era chamada daquela forma, apesar de tudo ainda era meuapelido favorito. – Eu-quero-que-você-volte-a-ser-minha-namorada.
As palavras saíram numjorro e eu não entendi nada.
– O que?
Kyu suspirou e segurouminhas mãos, mas o que realmente me prendia a ele eram seus olhos.
– Prometo fazer omelhor que posso, vou tentar não ser sarcástico, e não vou fazer brincadeirasidiotas. Aceita a voltar a ser minha namorada?
Sua resposta foi umbeijo ainda mais caloroso que o primeiro.

FIM

Por: Priscila M. Santos (Lee_Pryh)
20-09-2011 – 02:00 AM



N/A: ♪ Saengil chukhahamnida, saengil chukhahamnida, sarangha-neun Aishi, saengil chukhahamnida!
Pois é né, minha DongSaeng taficando velha, porém ainda é a minha “bebê” e o que significa que eu nãopoderia deixar de aprontar. Rá!
Primeiro quero me desculpar porqueessa não é uma das melhores fics que escrevi e acho que você merecia mais, sóque não saiu nada melhor. *se bate* Em segundo queria te desejar tudo de bom,não só pra essa data como pra sua vida toda, quero que seu caminho seja repletode sucesso, saúde, amor, amigos verdadeiros. E, claro,besteiras+pervertices porque ninguém vive sem isso. Desculpa sociedade mais éverdade.
Bem, posso até ser mais ou menosescrevendo fic, mas na hora de falar começo a me atrapalhar, então pra resumir,e não falar mais dorguice, quero que você saiba que é muito importante pra mimminha lindinha. Minha pequena surtada viciada em anime que amo muito. Você temum espaçinho muito especial no kokoro dessa unnie besta, que te ama muito e vaiajudar bater em quem te deixar triste [ Jenny e Nika tbm ajudam XD]
Vou encerrar por aqui antes quefique mais random do que já ta. Bjus minha lindinha.
P.S. Se oKiKiwang não chegar ai embrulhado numa caixa grande e azul é porque KyuHyuninterceptou o presente.

Agradecimento especial ao Felipe por me apresentar Decyfer Down que foi minha fonte de inspiração enquanto eu escrevia ^^



6 Comentários

  1. ;A;
    Sua feia mais linda! *Jenny feelings*
    Muito obrigada pela fic, por suas palavras, por tudo! Sem você eu não seria nada disso que eu sou hoje. -principalmente na parte da perverção kkk-

    Obrigada por existir e me fazer feliz todo dia *----*

    Que papai do céu deixe que eu passe esse e muitos outros aniversários com você e as menines.
    Que os próximos passemos todas juntas, botando fogo na cidade xDD

    :*

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  2. Que om que gostou minha linda *_*
    Olha parte do merito que vc é hoje deve a jenny - tentando parecer menos pervertida -

    Você que me faz feliz todo dia pequena *abraça*

    Melhor chamar os bombeiros antes de me chamar pra mesma city... de preferencia "aquele" bombeiro /apanha

    =*

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  3. O que acha que precisa ser melhorado?

    Nada. Ta perfeito!!!

    O que mais gostou no capítulo?
    Descobrir que o Kyu tem coração.

    Fiote, mamis amou mto e riu mto tbm.
    O Kyu ta começando a me conquistar e isso ta me assustando >

    Mamis Loves U

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  4. @Lele

    Agora quem ta rindo muito com o "descobrir que o kyu tem coração" sou eu XD
    Já disse ele não é de todo mal. Ainda vou conseguir que o Kyu te conquiste /foge.

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  5. O que mais gostou no capítulo?
    TUUUUUUUUUUUDOOOOOOOOOOOOOO!


    Unnie, adorei ficou mto '66' – MAS ELE IA PRA CASA DA PRYH! – Jennifer gritou e tapou a boca. – Eu não te disse isso- *SAFADJENHOS* com sempre hehe KKKKKKKKKKK Todo mundo nessa fic é safado né? Mais deixa em off... Parabéns como sempre você sendo uma super mega diva escritora e não gostei do "vagadiva" (mentira) HAHAH ♥

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  6. @Jenny

    Não somos safados jenny, sou uma girl muito ajuizada e não faço nada de errado *angel face* As safadesas vieram com vc e teuk /corre
    Não elogia tanto que eu acredito sua vagadiva! XD

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