CAPÍTULO III

Quando DongHae recebeu a notícia um sorriso enorme e totalmente traquina espalhou-se por sua face, o rapaz mirava Jennifer como se desafiasse-a a estragar sua alegria. Essa cruzou os braços e sentou numa das poltronas da sala bufando. KyuHyun não escondeu o riso ao ver a cena, mas achou melhor ficar quieto depois que a garota lançou lhe um olhar mortal. Alheias aos olhares Priscila e Isis também comemoravam, estavam completamente felizes.
– Bom agora que todos pelo visto já se conhecem, – Pryh olhava para os meninos que conversavam totalmente entrosado, dando os parabéns a DongHae – Será que podemos sair pra jantar todos juntos? – Convidou a garota, se esquecendo por alguns instantes do pânico que tinha de Kyu.
– Se não tiver problema, melhor conhecermos o resto da casa primeiro, agente viu as fotos mais não viu tudo “ao vivo.”
– É verdade, o DongHae tem razão. – Kyu concordou e olhou pra LeeTeuk.
– Eu já conheço a casa e já até escolhi meu quarto, estão atrasados. – ele riu.
– O famoso de alguma forma teve que ter preferência. – Jennifer murmurou sob sua respiração.
– Tudo bem então vamos levar vocês por um tour completo pela casa! – Aishi falou toda animada.
– Completo? – Priscila pulo do sofá e saiu correndo para arrumar o próprio quarto, que para ela estava uma bagunça, pois na noite anterior as garotas acabaram improvisando uma festa do pijama em seu quarto. – Se levarem eles antes de eu terminar de arrumar aquela bagunça iram conhecer o céu mais cedo. – ameaçou a garota antes de desaparecer pelo corredor. Isso só serviu para que as garotas rissem muito.
Com o aviso de risco de serem mortas antes da hora as Jenny e Aishi resolveram que o quarto e escritório da mais velha seriam os últimos cômodos da casa a serem mostrados. Começaram pela segunda sala da casa, a de TV, onde as garotas passavam grande parte do tempo, essa assim como a sala de estar tinha paredes e cortinas brancas, porém contava com três super sofás que ocupavam a maior parte do local, dava facilmente para os seis se acomodarem deitados, e bem confortáveis neles. Para dar uma cor, as almofadas e flores do local eram vermelhas. A parede onde a TV gigantesca ficava instalada junto com videogame, home theater, e um moderno aparelho de som, tinha revestimento em pedra amarronzada um tom mais escuro do que a mesa de centro e a rack. O controle da iluminação era feito com as espessas cortinas brancas que cobriam toda a parede de vidro da lateral da sala, e pelas luzes espalhadas por locais estratégicos, além de dois abajures que ficavam em cantos opostos da sala, para que pudessem curtir um filme apenas com uma luz baça, dando aquele efeito de cinema a sala de TV.
O segundo cômodo a ser mostrado foi a cozinha que até seria um espaço gourmet tradicional: armários de inox, com partes em tom prata escovado para combinar com os eletrodomésticos outras em vermelho dar cor ao lugar, já que o piso e a parede de trás da pia eram revestidos com azulejos que imitavam mármore preto e as outras seguiam o padrão branco. Porém o que dava o ar diferente a ela era que a mesa enorme, em branco, de um lado tinha cadeiras vermelhas e no outro, o da parede, ao invés de mais cadeiras havia um sofá enorme, ao estilo lanchonete, que pegava toda a extensão da mesa. Esse era o ponto alto do cômodo, para as garotas que sempre se reunião ali no domingo para farrear enquanto cozinhavam e comiam. Resumindo a cozinha era mais do que apenas uma parte da casa onde podiam encontrar guloseimas, era um cantinho pra se conversar e se divertir.
Depois de ficarem impressionados com ideia diferente de tal cômodo os rapazes passaram pela biblioteca, pela sala de dança particular de Jennifer, que na época do antigo morador na verdade era uma sala de troféus, seguiram para a pequena sala de jogos, espaço esse que KyuHyun adorou, passando pelos outros quartos da casa, com exceção de dois que estavam fechados, sendo um o da advogada que ainda estava organizando seu interior. Por fim descobriram que além da piscina que existia na frente da casa, havia outra piscina, que era aquecida e menor. Como ficava numa área interna, junto a pequena academia, assim era a área de lazer que demandava mais privacidade. Além de ser um ótimo local para se divertir durante o inverno, ou à noite. 
– Sabe, agora que eu estava pensando. Como vocês conseguiram alugar essa casa por um preço tão baixo? – perguntou KyuHyun enquanto se encaminhavam para os últimos cômodos da casa a serem visto. Ele assim como os outros acreditava que aquele lugar estava mais para uma mansão do que para qualquer outra coisa.
– Na verdade essa casa é de um Tio da Pryh, ele é um dos fundadores da revista Australiana WTTW.
– Ela é sobrinha do Alfred Smith!? – LeeTeuk praticamente gritou, já havia feito campanhas para a revista de turismo, e até chegou a conhecer o homem.
– Menos garoto, quer que ela ouça e te ache um louco e obcecado pelos Smith’s como alguns homens que conhecemos? – Jennifer quase bateu no rapaz pelo exagero.
– Mas o sobrenome dela não era outro? Santos, eu acho. – Perguntou DongHae.
– Ela costuma dizer só o sobrenome da mãe dela, que é brasileira, mais o nome dela mesmo é Priscila Smith Santos. – explicou Aishi, depois de ver Jennifer revirando os olhos.
– Deixe-me ver se entendi: O cara é tio dela e mesmo assim cobra aluguel, que por sinal subiu? Tipo, não era mais fácil vocês conversarem com ele do que alugar os quartos? – questionou Kyu.
– Tá querendo ser despejado antes mesmo de nos mudarmos? – Teuk deu um pedala no maknae.
– Não bate nele! – Jennifer se meteu. – E a pergunta foi bem pertinente. A gente podia até fazer isso, mas como nem tudo são flores, a nova mulher do Tio Alfred não vai muito com a cara da Pryh, a casa nem era pra ser alugada, era pra ser um presente, já que ela ajudou num caso super importante para a WTTW...
– Pensei que ela tivesse dito que nunca tinha tido um caso importante. – o mais velho dos rapazes pensou alto.
Jennifer queria matá-lo por ficar interrompendo-a toda hora. – Ela não conta esse como um porque apenas ajudou. – explicou de má vontade – Agora como eu ia dizendo, a atual esposa do tio da Pryh não vai muito com a cara dela, ai ela não deixou a casa ser presente, e impôs que fosse pelo menos metade do aluguel convencional, e que sofresse os reajustes conforme a casa ganhasse valor no mercado.
– Mulherzinha indecente heim! – DongHae deixou escapar.
– Pela primeira vez vou ter que concordar com você. – assentiu Jenny, enquanto Aishi fazia cara feia só de lembrar-se da “adorável” tia.
– E a mobília, foi ideias de vocês ou do Sr. Smith? –  quis saber Kyu enquanto se dirigiam para a “sala de edições” que pertencia a Isis.
– Só modificamos toda a decoração da cozinha, nossos quartos e “escritórios” – Jennifer fez aspas com as mãos, pois apenas o home-office de Priscila era usado como um escritório.
– E a antiga sala de troféu que virou sala de dança. – Aishi começou a rir se lembrando de quando a mais velha surgiu com a ideia maluca.  – Nos outros cômodos a gente fez uma alteração ou outra, mas nada muito relevante. Já os quartos que não são nossos nem mudamos nada, principalmente no quarto do Tio Smith, aquele que tava trancando no fim do outro corredor, pois a Pryh deu ordens estritas para não mudar nada, assim quando ele vem nos visitar se sente totalmente em casa.
– Literalmente né? – Jenny riu do trocadilho.
– Bem garotos esse é meu cantinho de trabalho. – Aishi abriu uma das ultimas portas do corredor direito do segundo andar. O lugar era um quarto arejado, tinha as paredes em branco, assim como as cortinas as quais cobriam as três janelas frondosas que iam até o teto, nesse havia um pequeno lustre de arabescos em um tom dourado bem escuro e cristais. O chão era revestido por um piso que imitava madeira de cor tabaco. O sofá, pufe, cadeiras e as prateleiras que formavam um tipo de estante também eram cor de neve, essa ultima estava abarrotada de caixas em tom vermelho. A bancada era rodeada por uma cortina, que quando aberta revelava a impressora e o gabinete do computador, o qual também era branco para combinar harmonizar-se a toda a decoração do home-office.
– Pensei que tinha dito que sua cor favorita também era azul. – comentou Kyu.
– E é, mas esse foi um presente das duas doidas com quem divido a casa. – explicou Isis sorrindo de forma agradecida pra Jennifer – Isso aqui uma bagunça antes delas decorarem tudo. Eu só dou trabalho, Deus!
– Ah, nem vem Aishi, você sabe que a Pryh adora dar uma de decoradora, e eu também não sou tão diferente. Além disso, eu pelo menos aprendi um pouco sobre caixas organizadoras, já que aquela doida me colocou pra ficar por conta disso, só pra tentar me fazer ficar mais organizada. – Os meninos começaram a rir. O que só piorou quando Jenny e Aishi contaram sobre os sermões que a garota deu tentando ensinar a bailarina a organizar tudo de forma pratica.
– Falando de mim? – Priscila apareceu na porta.
– Terminou de organizar o que não estava bagunçado? – brincou Jenny.
– Terminei. Tá faltando ver o que?
– Só seu quarto. – respondeu Kyu do lado da advogada usando a mesma voz galante que a havia assustado na sala, como não notara o rapaz parado ao seu lado a garota deu um pulo, indo ficar do outro lado do recinto. Ela precisava urgentemente se acostumar com o garoto, mas achava isso impossível.
– Falta o home-office da Jenny e o seu escritório também. – informou Isis.
– Então vamos logo!
Como faltavam só três ambientes eles não demoraram mais do que meia hora. O único momento em que se atrasaram mais do que o necessário foi quando estavam no escritório de Jenny.
– Já não basta uma dona chata o lugar ainda tem que ser num rosa berrante, humf –  DongHae comentou baixinho com KyuHyun que acabou rindo da implicância dele.
– O que você disse? – Jennifer tinha certeza que o comentário era pra ela, mesmo que não tivesse entendido o que era.
– Só disse que não faz sentido uma bailarina com um home-office desse estilo. Tirando a cor – o rapaz fez um careta – nada faz sentindo, principalmente a organização.
– Porque você não morre? Idiota! – vociferou a garota e saiu do local, pouco depois puderam ouvir a porta de um dos quartos batendo com força.
– Argh! Isso só é engraçado quando nós falamos. – disse Isis e saiu atrás da garota. – Jenny volta aqui!
– Acho que você pegou pesado com ela. – falou LeeTeuk.
– Eu... – o outro começou, mas foi interrompido por Priscila que disse algo que ele não entendeu. – O que disse? – perguntou, fitando a garota que estava sentada a mesa do computador.
– Você está enganado, cada cantinho aqui tem um pouco da Jenny.
 A advogada abriu os braços como se dissesse para olhar em volta. A paredes eram de um rosa pink forte, já o teto era branco com pequenos detalhes que lembravam desenhos da cobertura de um bolo, o lustre era cheio de flores e dava um ar fofo e sofisticado ao teto. Na parede perto da porta havia um quadro com uma bela paisagem logo acima do sofá de couro escuro, a frente desse uma mesinha de centro acima do tapete branco bem felpudo. A sua direita uma cadeira preta ao estilo daquelas banquetas altas que se tem em barzinhos. Paralela a essa parede ficava a parte com eletrônico, e um abajur cor de rosa. O teclado e mouse do computador ficavam em cima de uma mesa de vidro, no lugar de um monitor havia uma TV de LED presa a parede lateral, perto dela dois quadros menores. Junto à parede adjacente ficava uma estante baixa, de quatro compartimentos – estava cheias de caixa num tom palha, pouco mais claro do que o do carpete que revestia todo o lugar –  acima dela outro quadro, dessa vez, abstrato em tons de rosa, azul e roxo. Também havia em um dos lados do sofá, um baú de madeira com algumas revistas e livros por cima, do outro uma pequena mezinha com um abajur para leitura. Enfim, o home-office todo era rico em detalhes, bom gosto e paradoxos, tal como a personalidade da sua dona.
– Jenny é uma pessoa de gênio difícil ás vezes, tem seus motivos pra isso, mas pode ser a mais adorável amiga que alguém pode ter. – falou a garota mais para si do que para os rapazes.
– O que eu queria dizer. – o rapaz tentou se explicar – É que acho estranho esse lugar, tipo um escritório, é mais fácil imaginá-la na sala de dança.
Priscila riu, imaginando como ele reagiria se a visse numa de suas tardes surtadas na sala de dança fazendo alguns passos junto com Jennifer. Coisa que não acontecia a tempos, por sinal.
– Pode parecer surreal mais ela é uma escritora nas horas vagas. – comentou com carinho – Em algum lugar desse computador está o manuscrito de “Azar ou Sorte”, que é uma ótima estória, mesmo não sendo um livro publicado é uma das minhas favoritas.  – DongHae abria e fechava a boca olhando de Priscila, sem saber o que dizer, mais uma vez havia cedido a sua implicância com a garota e havia dado uma enorme bola fora. – Bem agora que já viram tudo podemos ir comer! Esperem-me na sala, vou buscar as meninas. – disse já se retirando do recinto.
– É parece que ela tem o poder de te deixar sem fala. – KyuHyun não podia perder a chance de alfinetar DongHae que ainda estava com uma fisionomia perdida.
 Depois de acordar de seus pensamentos ele seguiu junto aos outros rapazes para o primeiro andar e ficaram esperando as três garotas, para logo depois seguirem rumo a uma pizzaria e fazerem a primeira de muitas refeições em grupo.

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Três semanas depois os garotos se mudaram para a casa, ao contrario de alguns potenciais candidatos que foram excluídos na lista de possíveis moradores eles estavam felizes pelo fato dos quartos já serem mobilhados. LeeTeuk antes de se mudar para a casa estava praticamente morando em um hotel, já que se mudara a pouco para a cidade, depois de ter sido contratado pela agencia de produção comercial em que Isis trabalhava. DongHae morava a um tempo no apartamento de um amigo, porém esse amigo iria ficar noivo e provavelmente a namorada, que já fazia visitas constantes, iria passar a conviver muito mais tempo no local, então ele resolveu que deveria procurar por outra residência e dar privacidade a eles. Já, KyuHyun estava cansado de morar debaixo do mesmo teto que a irmã. Não que eles tivessem uma convivência ruim, pelo contrário, eram até bem grudados, mas mesmo assim ele achara melhor arrumar um local para si. Mesmo que este fosse com três garotas, fato esse que, depois de pensar bem, havia decidido ser favorável, já que seria considerado um sortudo por muitos marmanjos.
Nessa brincadeira eles apenas tiveram o trabalho de escolher o aposento que mais se encaixava a eles. LeeTeuk desde o início já havia optado pelo quarto que lhe parecia mais prático, porem sem perder originalidade. A predominância de cores alvas deixa um ambiente iluminado, assim como a personalidade radiante do rapaz. O piso imitava madeira, mas tinha um tom cinza, pouco mais escuro do que a textura aplicada atrás da cama, que assim como a cômoda e os criados era branca.  O guarda-roupa seguia o mesmo padrão de cor, mas tinha uma faixa negra em duas das três portas de correr, a do meio era formada por um imenso espelho. No centro do quarto um tapete branco de felpas médias. Na parede paralela a cama ficava uma rack de tom branco, com a aparelhagem de eletrônicos, e uma TV de LCD, adjacente a esta a parede era limpa, apenas com a porta de entrada para o banheiro e as cortinas em preto e branco que cobriam as janelas do quarto.
KyuHyun assim que viu o aposento que as meninas definiam como “Black & White Sexy Style” disse que aquele seria o seu. O lugar era daqueles tipos de quarto de quem tem personalidade forte, sexy e misteriosa. Ou como Pryh havia pensado um mistério meio assustador. O piso era de madeira preta polida. Na parede até cerca de um metro e meio de altura havia um textura grafite bem escura e dali pra cima era branco. A cama era baixa, com predominância de cor branca, exceto por duas faixas em black piano, uma na cabeceira e outra em uma das laterais, a qual tinha quatro quadrados em vidro translúcido que escondiam luzes, essa quando era as única  iluminação ligada deixava o quarto em uma meia-luz aconchegante. Dois criados mudos ladeavam a cama. Os outros móveis –  cômoda, guarda-roupa e uma rack que ficava na parede dos pés da cama suportando uma TV, aparelho de som e DVD, e posteriormente um videogame para maratonas noturnas de jogos – eram impecavelmente brancos. No centro do quarto um tapete de felpas grossas em formato de faixa adornava o chão e quebrava o tom escuro do dormitório.
DongHae foi outro que quando viu um determinado quarto praticamente tomou a chave da mão de uma das meninas para assegurar que esse seria o seu. O motivo disso tudo? Simples, o recinto era amplo e tinha toda a decoração baseada em tom de azul e branco. As paredes eram de um azul marinho, que vistas de determinados ângulos pareciam até aveludadas, o teto era de gesso branco, o piso encoberto por um carpete marfim, que era ótimo para se dançar descalço. A cama estofada, e, assim como os criados que a ladeavam, tinha cor de neve. Ao lado do leito, em frente a janela que tinha uma cortina dupla, uma parte única marfim com listras e um tom azul petróleo, e uma segunda parte de fundo azul e linhas que formavam um mosaico em branco, havia uma pequena mesa de vidro com um abajur para leitura e algumas coisas de escritório. Na parede paralela a janela ficava um guarda-roupa  branco, com duas faixas pretas verticais ladeando os espelhos , a rack também alva equipada com TV, aparelho de som e home-theater, que ficava na parede adjacente a da janela. Apesar dos móveis o quarto ainda tinha um espaço amplo para que ele pudesse praticar alguns passos caso não estivesse a fim de dar de cara com Jennifer na sala de dança, enfim, era o quarto perfeito.

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Como a advogada havia previsto, os sustos com a mudança e o "novo conceito de privacidade" começaram cedo. Literalmente. Logo na primeira manhã depois da mudança as garotas levantaram-se normalmente e foram para a cozinha, era quinta feira e elas poderiam chegar mais tarde no trabalho, ou seja, dia de café da manhã reforçado e papo rolando solto. Então logo se dividiram para andar mais depressa, Aishi ficou por conta de fazer Smoothie  suco, Pryh com as panquecas, e Isis em ir à Starbucks mais próxima em busca do amado Caramel Macchiato. Isso porque a garota estava indisposta a cozinhar.
Quando passou pela sala de TV, já devidamente vestida e com os pedidos das amigas anotados, deu de cara com KyuHyun que havia acordado com a conversa (vulgo gritaria) que vinha da cozinha. O garoto lhe deu um bom dia meio fraco, ainda estava com bastante sonolento, e quase caiu um tombo nos degraus da escada – as cortinas do recinto estavam abertas e ele havia colocado o braço no rosto para se proteger da luz. Lembrando-se que as amigas ainda estavam de pijamas ela saiu pela porta aos risos, só de imaginar a correria que provavelmente aconteceria.
KyuHyun entrou na cozinha, arrastando os pés, passou direto rumo a geladeira para pegar suco, como as duas garotas estavam distraídas – uma separando os ingredientes para massa das panquecas e a outra lavando as frutas – não notaram ele ali de primeira.
– Bom dia gatas! – disse se acomodando na mesa, agora olhando para os dois pares de pernas encobertas apenas por um palmo de tecido.
– Bom dia Kyu. – Pryh e Aishi responderam automaticamente. Dois segundos depois arregalaram os olhos enquanto alternavam o olhar entre si, suas pernas e o rapaz que agora sorria de um jeito safado. – AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! – as duas começaram a gritar e saíram correndo da cozinha para procurar algo adequado para vestir. Enquanto o rapaz tentava se limpar, pois devido ao grito repentino havia se assustado derramado suco em sua camisa.
Subiram a escadaria que dava acesso ao corredor dos quartos em segundos, porém quando chegaram ao alto da mesma trombaram contra duas barreiras. Olharam pra cima em busca do que havia impedindo-as de rolar escada abaixo e encontraram um par de braços envolvendo cada uma. LeeTeuk e DongHae olhavam assustados para Isis e Priscila.
– O que aconteceu? – Perguntou o mais alto olhando confuso para a maknae, que agora tentava se esconder, novamente devido aos trajes. Priscila estava do mesmo jeito, porém assim como a mais nova, estava sem saber o que fazer, ou como se desvencilhar dos braços fortes de DongHae.
– Não foi nada, o Kyu explica, precisamos ir. – Isis respondeu, deixando Teuk ainda mais confuso. – DongHae solta a Pryh por favor? – o garoto afrouxou o abraço e as duas desapareceram no corredor.
– O que foi isso? – exclamou o mais baixo.
– Sei lá, o Kyu deve estar na cozinha vamos lá. – respondeu LeeTeuk já descendo as escadas.
Quando chegaram a cozinha encontraram o maknae bicudo tentando limpar sua camisa com um pano de prato.
– O que foi aquela gritaria aqui em baixo?
– Bom dia pra vocês também! – respondeu mal humorado – Eu sei lá, aquelas duas doidas começaram a gritar logo depois eu disse bom dia.
– Foi só isso mesmo? – LeeTeuk desconfiou – Elas não iam sair gritando do nada.
– Tá eu estava olhando pras pernas delas, e que pernas! A Isis é mais nova, mas não deixa a desejar em nada! – o sorriso malicioso do garoto se alargou.
– KYU! – os outros dois o repreenderam.
– O que? Vai dizer que não olharam?
– As duas devem ter notado que se esqueceram de trocar de roupa antes de descer. Uma vez, a noiva do meu amigo teve uma reação parecida quando eu a encontrei de um jeito parecido na cozinha do apê. – conclui DongHae – Tá que a reação não foi tão mórbida, mas isso deve ser culpa da cara de tarado desse daí. – ele apontou para o mais novo que o metralhou com os olhos.
– Eu tô ouvindo!
– Agente percebeu. – falou LeeTeuk, mais depois disso caiu na gargalhada, DongHae e KyuHyun o acompanharam. Aquela deveria ser a primeira das muitas confusões que aconteceriam dali pra frente.
Depois disso DongHae e Teuk  voltaram para os quartos, para trocar de roupa, já que ainda estavam com as calças de seus pijamas, e Kyu por estar todo molhado. As duas garotas voltaram para a cozinha, usando as primeiras roupas que acharam na frente, porém, bem mais apresentáveis do que os pijamas que usavam antes.

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Nota da Autora:   Bom, ta ai o primeiro capitulo escrito totalmente por mim, os outros vão continuar assim até eu decidir usar o que era o terceiro capitulo na original, avisarei quando isso acontecer. Sei que a parte da descrição da casa ficou grande, mas não sei ficar sem descrever. Ainda mais depois do tempo que gastei pra decidir entre as fotos que tinha aqui. Bem, Não consegui deixar de colocar essa bagunça do café da manhã, eu achei bem legal até. E ai o que acharam da casa? Ou pelo menos das partes reveladas até agora? Bom não vou enrolar...Bye! 


 


CAPÍTULO II


  Depois de uma longa semana, insuportável para algumas pessoas, devido à convivência com novos indivíduos no âmbito de trabalho finalmente o dia das entrevistas havia chegado. As três amigas se reuniram numa manhã ensolarada de sábado para saborear um café da manha. Como teriam um longo dia pela frente resolveram caprichar na refeição que consistia em bolo de chocolate, waffles, suco de laranja, café, leite e algumas frutas. Com tanta coisa gostosa assim acabaram por ficam com um ótimo humor.
No entanto, esse estado de espírito esta sofrendo grava ameaça já que Aishi não parava de comentar o fato de LeeTeuk ser uma pessoa muito gentil, engraçado, enfim uma ótima pessoa. E como já era de se esperar Jennifer estava começando a se cansar dessa ladainha. “Homem” e “ótima pessoa” não eram termos que pudesse coexistir numa mesma frase afirmativa, pelo menos segundo ela. E para se provar que ela estava certa não havia melhor exemplo que DongHae, que agora como seu parceiro de dança a importunava mais que tudo. A bailarina acreditava que ele tentaria alguma coisa pra que ela fosse demitida da companhia de dança.
– E seu tarado Pryh? Como anda?
Perguntou ela tentando mudar de assunto, para que assim, não tivesse de jogar a jarra de suco na cabeça de Isis. A advogada que se servia de uma xícara de café tomou um susto tão grande que quase derrubou o liquido na calça branca e blusa rosa claro que usava. 
– Credo, Jenny! Isso é assunto pra se tratar logo de manhã? – disse ela injuriada –  Graças a Deus que nunca mais vi aquele ser. Juro que às vezes eu tenho uns sobressaltos achando que ele pode estar por perto. – concluiu ela com os olhos arregalados.
– O garoto te traumatizou mesmo. – Isis ria, enquanto Priscila pensava seriamente em jogar achocolatado sobre sua linda sai branca, só não o fizera porque sabia que a amiga teria muito trabalho pra escolher outra saia para combinar com a blusa pink que a garota usava.
– Bem já são quase 9h00 e eu ainda nem troquei de roupa então vou subir e me trocar. – falou Jennifer pouco antes de subir as escadas correndo. Quase meia hora depois a garota voltou, encontrando as outras duas na cozinha secando a louça do café da manhã.
– Jenny, não é por nada não, mas você não acha que essa roupa tá meio curta? – perguntou Priscila encarando a designer digital que trajava um short jeans claro e uma blusa rosa “queimado”.
– Eu sei que é curto, mas eu já escolhi a roupa por isso.
– Tá querendo seduzir um dos candidatos é? – provocou Isis.
– Aishi! Acorda, vou fazer justamente o contrário, se ele ficar encarando significa que o cara é muito tarado. Então não vamos querer ele com agente né? – explicou ela.
– Nossa e você pensou nisso sozinha? – Perguntou Pryh rindo e já se protegendo com uma panela, enquanto a mais nova lhe atirava uma laranja.
– Pra sua informação eu também tenho ideias boas as vezes viu! – Jennifer estava indignada com a insinuação da amiga.
– Você disse bem... Ás vezes. – Isis resolveu se pronunciar, depois de se esconder atrás da mais velha das amigas. Jennifer iria falar mais alguma coisa, porém a campainha tocou, devia ser o primeiro candidato a vaga.

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Depois de três rejeições, sendo uma delas por conta da técnica de seleção de Jennifer, as garotas perceberam que não seria tão fácil quanto imaginavam achar os futuros moradores da casa. E o que estranharam foi o fato de que não apareceram tantos candidatos quanto previram. 
– Mas o cara nem sabe cozinhar, e sem saber cozinhar já basta eu. – reclamou Jennifer, as garotas estavam na cozinha decidindo o destino do quarto candidato.
– Nem vem Jenny, você tem preguiça de cozinhar, é diferente. – Priscila retrucou.
– E se você não ficasse dançando na cozinha com o Ipod no último, talvez, não seria tão trabalhoso. – completou Aishi.
– Ok! Ok! Mas não sou eu que estou sendo julgada aqui. – a outra tentou mudar de assunto.
– A falta de habilidade culinária não é tão importante, mas ele não ter uma renda fixa nos deixa em uma situação difícil. – sentenciou Priscila depois de analisar o que tinha escrito sobre o garoto em questão.
Depois de mais algumas ponderações as três voltaram para a sala, já decididas.
– Nós vamos analisar o seu caso melhor e ligaremos quando tivermos uma resposta. – Isis era responsável por dar as más notícias.
Assim que o pobre rapaz saiu alguém bateu a porta e Jennifer, a responsável por atender, já se prontificou.
– Bom Dia! É aqui que estão procurando mais um morador? – Perguntou o rapaz com um belo sorriso nos lábios, dando ênfase a sua pequena convinha do canto direito da boca. Aquele sorriso incomodou Jenny de tal maneira que ela interpretou-o como algo ruim.
  – É aqui sim. – respondeu a garota de má vontade, dando passagem pra que ele entrasse.
  – Isis?! Não acredito! Nunca poderia imaginar que você morava aqui. – falou ele feliz por ver a colega.
– LeeTeuk?! Venha, entre... Essas são Pryh e Jenny. – A designer digital apresentou as amigas ao rapaz, e depois o arrastou para a sala.
– O “famoso” não vai ter preferência não é? – cochichou Jennifer irritada com a empolgação da mais nova.
– Ah Jenny, o cara parece legal e se é amigo da Aishi é claro que tem um voto de confiança. – a advogada interveio, havia se simpatizado com o garoto.        Jenny revirou os olhos e as duas seguiram em direção a sala de jantar. Não era possível que ele havia conseguido conquistar até a mais exigente das três.
LeeTeuk atendia perfeitamente a todos os requisitos, incluindo o “teste de tara” e mais algumas outras condições extras que Jennifer havia imposto pra dificultar a seleção.
– O que foi Jenny? – Isis perguntou assim que chegaram a cozinha.
– Eu não gostei dele. – falou ela séria.
– Você não gostou de nenhum. E além do mais ele é perfeito pra vaga. – Os olhos de Pryh brilhavam ao falar.
– Mais uma pro fã clube. – rebateu revirando os olhos e bufando. – E eu gostei daquele nerdzinho.
– Jenny, me diz então, qual o problema com o Teukie?
– Ele é perfeito demais, Aishi. Educado, gentil, prendado.
– E isso é defeito? – A advogada perguntou totalmente incrédula.
– Ele pode muito bem ser um assassino psicopata, eu vi um filme que o tipo perfeito matou todo mundo, até o coitado mordomo da casa. – Jennifer afirmou com os olhos demonstrando pânico.
– Sinto lhe informar minha vagadia – Priscila abraçou a amiga – mas você anda vendo muito filme e já está vendo perigo até onde não existe. E mais uma coisinha... LeeTeuk fica.
Ouvindo isso Isis nem esperou para ouvir os contra argumentos da outra, simplesmente saiu feliz e saltitante para dar a noticia ao amigo e novo colega de apartamento.
– Gente, tô com fome. – reclamou Pryh assim que voltou para sala arrastando pelo braço uma Jennifer bicuda. LeeTeuk e Aishi estavam comemorando o fato do rapaz ter sido aceito.
– A gente almoça e depois te mostro a casa, o que acha?
– Seria ótimo. – O garoto respondeu a pergunta da mais nova da amigas sorrindo.
– Eu não tô com fome, fico aqui esperando vocês voltarem. – falou Jennifer se jogando no outro sofá. A dançarina amava os almoços de final de semana, sábado um restaurante legal e domingo bagunça na cozinha, era como um ritual. Mas, agora, com um intruso idiota no meio não seria a mesma coisa.
  Priscila e Isis nem deram ouvidos para aquela criatura teimosa, apenas subiram para seus quartos pegando as bolsas, iriam arrastar Jenny de qualquer forma, nem que tivessem que pegá-la como um saco de batatas e jogar dentro do porta-malas do carro.
– Parece que vamos morar juntos. – disse LeeTeuk simpático tentando puxar conversa.
– Nem tudo são maravilhas no país de Alice... – respondeu a garota sem nem se dando ao trabalho de olhar para o rapaz, que por sua vez não entendeu o que ela quis dizer.
– Você não está de muito bom humor hoje não é?
– Eu estou de ótimo humor, quando estiver de mau humor você não vai querer estar perto pra saber.
Depois dessa resposta o garoto decidiu que seria melhor ficar de boca fechada enquanto as outras duas não voltavam. Felizmente não demoraram muito a aparecer com suas bolsas.
– Levanta Jenny, vem vamos embora.  – Priscila falou puxando a garota pelo braço.
– Já disse que não vou, e outra, alguém tem que ficar esperando os outros entrevistados. – replicou ela sorrindo vitoriosa. Contra esse argumento não havia como discutirem, então os três saíram deixando aquela vagadia teimosa pra trás.

~~~~*~~~~

– Eu não aguentava ficar engravatado o dia todo atrás de uma pilha de papéis, gata.
– Então você se demitiu? – quis saber a designer digital.
– Não, como nunca tive vocação pra economista, estava fazendo a empresa perder mais dinheiro do que ganhava. Então meus pais resolveram que era mais fácil pagar pra que eu não trabalhasse. – respondeu ele com um sorriso peculiar e em tom de divertimento, porém no fundo o rapaz se sentia magoado com isso.
– Você é mesmo muito engraçado, pra um homem. – afirmou Jennifer.
Teuk, Pryh e Aishi ouviram as risadas e as vozes de duas pessoas desde a porta. As duas garotas se encararam com a sobrancelha levantada enquanto LeeTeuk fazia cara de confuso, cogitando se Jenny tinha algum problema de bipolaridade.
– Parece que nosso mais novo candidato já chegou. – comentou Isis.
– E o mais estranho... Jenny parece ter gostado dele. – Priscila completou, no fundo tão confusa quanto LeeTeuk.
– Ela não gosta de ninguém? – o rapaz não conteve a pergunta ao se lembrar da conversa estranha que tiveram cerca uma hora antes.
– Jenny é uma boa pessoa só tem uns problemas do passado mal resolvidos. – explicou a mais nova. – Mas vamos ver quem é o novo 'amigo' dela. – completou já seguindo para a sala de jantar, de onde vinham as vozes.
– LeeTeuk se quiser perguntar alguma coisa ao entrevistado fica à vontade, você também é um morador daqui agora. –  disse a advogada seguindo com LeeTeuk o mesmo caminho feito por Isis. Porém quando chegou em frente a porta a garota estacou como se tivesse levado um choque. Havia parado de respirar e se agarrado ao braço de LeeTeuk, três segundos depois, quando conseguiu respirar novamente deu um grito tão alto como se tivesse visto um esqueleto saindo  tumulo. – AAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH!
  Todas as atenções da sala se voltaram a ela.
  – Minha linda, sabia que iria ficar emocionada em me ver de novo. – falou o rapaz que estava com Jenny assim que se virou e reconheceu Priscila.
  - Kyu... KyuHyun... O que vo-você... fa-faz aqui? – Perguntou gaguejando, e apertando ainda mais o braço de LeeTeuk.
– Você é o tal tara... KyuHyun? – Perguntou Jenny sem poder conter o riso, pois tinha certeza da resposta.
– Parece que já sou famoso aqui. –  Kyu piscou para Pryh que se escondeu atrás de Teuk.
– Ele não fica. – Disse ela baixinho, se encolhendo ainda mais atrás do rapaz.
  Kyu se levantou e foi em direção a garota, o sorriso de galã nos lábios, mas assim chegou perto foi impedido de se aproximar por LeeTeuk que havia estendido um braço impedindo a passagem do rapaz. Se ele se aproximasse um pouco mais a garota arrancaria sangue de seu braço, tamanha era a pressão com que ela cravava as longas unhas no membro.
– Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? – Aishi que não tinha se pronunciado ainda resolveu acabar com aquela confusão logo. Ela olhou para a cara de dor de Teukie, definitivamente ele não sabia de nada. Jenny rolava de tanto rir, mas também não sabia de nada, já  Priscila estava tão apavorada que não conseguiria formular uma única palavra. Logo só sobrou o galanteador fajuto. – Você, quem é?
  – Cho KyuHyun minha prin... – as palavras do garoto morreram assim que seus olhos se cursaram com os da maknae. Pela primeira vez ele viu seu rosto queimar por conta de uma garota. Um sentimento que nunca tinha sentido fazia seu estomago embrulhar de uma forma estranhamente boa.
– E aí? Vai me dizer o que está acontecendo ou tá complicado? – Isis sorriu o encorajando, porém isso apenas dificultou ainda mais a coerência dos pensamentos do rapaz.
– E-e-eu... – Kyu não conseguia agir com Aishi como fazia com as outras garotas, sabia que estava ficando ainda mais sem graça e parecendo um idiota.
– Ele veio pra tentar a vaga de morador. – Jenny respondeu, finalmente, parando de rir. – Será que podemos ficar com ele? – perguntou ela como se falasse de um filhotinho que encontrara.
– Vamos entrevistá-lo como todos os outros. – respondeu Isis encerrando a confusão.
Depois que a advogada se acalmou a entrevista pode começar. Aishi fazia as perguntas básicas já que Priscila mal olhava para o rapaz, o que o deixava ainda mais nervoso. Entrevista feita, as três se encontravam na cozinha para decidir o destino de KyuHyun na casa.
– Eu o adorei é tão idiota que chega a ser engraçado. Sem contar que a Aishi vai ter com quem jogar videogame. – Jenny disse divertida.
– Eu não o quero aqui! Não quero, não quero. – Priscila sacudia a cabeça em negativa, estava totalmente abalada.
– Medo não é desculpa. – Jenny lançou um olhar de vingança para a mais velha.
– Eu o achei fofo, e sim também quero companhia pra jogar videogame. – Isis deu seu veredicto. Fazendo Priscila perder o chão.
Assim que voltaram para a sala avistaram Teukie e Kyu conversavam amigavelmente, se LeeTeuk tivesse voto já estava bem claro que seria a favor de KyuHyun.

~~~~*~~~~

Quatro horas depois e meia dúzia de entrevistas feitas as garotas ainda não haviam conseguido acharem alguém legal, já estavam cansadas de fazerem perguntas, e com o corpo dolorido de ficarem sentadas ali, olhando para o rosto de vários rapazes que simplesmente não poderiam se encaixar ao perfil do novo morador.
– O próximo que bater nessa porta já tem vaga garantida. – falou Jennifer já desanimada.
– Claro que não. – contestou a advogada. Ela também desejava muito que o próximo se encaixasse ao aspecto estabelecido, mas não sem passar por todas as perguntas que os anteriores passavam, não seria justo se fosse diferente.
Trinta minutos depois a campainha tocou.
– Jenny, a porta. – mandou Isis com uma voz arrastada.
  A outra se levantou como se todo o peso do mundo estivesse sobre seus ombros e se dirigiu até a porta. Abriu-a olhando para o rosto do rapaz encostado no pilar da entrada,  um sorriso confiante no rosto e os braços cruzados sobre o peito, quem visse poderia achar que ele estava esperando ali a pelo menos duas horas.  A garota manteve os olhos dois segundos em seu rosto, cerrou os olhos e bateu a porta.
– Quem era? – perguntou Priscila olhando por cima do sofá.
– Ninguém. – respondeu ela andando em direção à sala, mas parando assim que ouviu a campainha tocar uma segunda vez insistentemente.
– “Ninguém” continua a apertar a campainha. – Kyu comentou sarcasticamente, rindo de escárnio em seguida, mas no instante que Aishi começou a rir seu sorriso de desvaneceu, ela ficava ainda mais linda sorrindo.
– Posso ficar aqui o resto do dia. – uma voz gritou do outro lado da porta.
– E eu posso ficar aqui até você ir embora. – Jennifer se virou em direção a entrada e gritou em um tom mais alto que o normal.
Vendo que aquela confusão não se resolveria, e já se irritando com a garota Priscila se levantou, empurrou Jenny para o lado e abriu a porta a porta.
– Boa Tarde! Você veio para tentar a vaga de morador da casa, certo? – perguntou ela usando um sorriso simpático.
– É isso mesmo. – respondeu o moreno.
– Entre, por favor. – a advogada se afastou da porta estendendo a mão para o interior da casa e dando passagem pra o rapaz.
– Obrigado. – disse ele de maneira gentil, correspondendo ao sorriso.
– Nossa! Você sabe dizer 'obrigado' que revelação! – Jennifer fingia espanto.
– Por que você não simplesmente desaparece? – respondeu agora em tom ríspido. Apesar de se sentir mal sendo rude com as pessoas, aquela garota despertava toda sua ira.
– Porque eu estou na minha casa, se não gosta dê meia volta e volte pra sua. – Jenny fez língua pra ele.
– Vocês se conhecem? – quis saber Isis enquanto se levantava do sofá parava ver quem era o novo candidato.
– Infelizmente. – os dois responderam em uníssono.
– Qual seu nome? – perguntou a advogada.
– Lee DongHae, muito prazer. – ele fez uma reverencia para a garota.
– Eu sou Priscila e aquela ali é a Isis, o prazer é todo nosso. – disse ela voltando a sorrir.
– Esses são LeeTeuk e KyuHyun, os mais novos moradores da casa. – Aishi apresentou os meninos que acenam para o rapaz de sorriso brincalhão.
– Vamos pra sala de jantar começar a entrevista. – a advogada mais uma vez indicou o caminho.
– Meu voto é não. – Jennifer falou em tom ríspido se sentando junto aos meninos no sofá, a cara emburrada.
Por incrível que pareça aquilo fez com que DongHae tivesse uma vontade enorme de ficar. Sem dar atenção a outra Isis e Priscila levaram o rapaz à sala de jantar para a entrevista. O garoto respondeu todas as perguntas de modo sério, canalizando toda concentração em ignorar os comentários de Jennifer sobre algumas respostas. Às vezes ela era repreendida pela advogada, o que fazia que ele risse das caretas da bailarina. Questões feitas, lá seguiram as três para a cozinha. Jenny ainda queria tentar alguma coisa para impedir a permanecia de DongHae na casa.
– Ele é mal educado! – respondeu ela depois de ouvir uma lista de qualidade para aprovação.
– É obvio que ele é mal educado com você, ninguém manda ficar provocando. – rebateu a maknae.
– Além disso, ele foi muito educado comigo desde que passou pela porta, bem com todos os outros. – concordou Priscila. – E se você pode ter seu “mascotinho” medonho porque não podemos ficar com o DongHae também? – a advogada olhou de Jennifer que a metralhava com os olhos e depois para Isis que segurava o riso, essa concordou com a cabeça. – O Lee fica! – sentenciou e já seguiu para a sala sorrindo. Enfim a luta acabara e a casa estava completa.




~~~~*~~~~



N/A: Olá, só pra lembra esse capitulo também contou com a base original da estória da  Kelle Cristine (@LeleChou) e algumas modificações minhas.


Atenção: Antes de qualquer coisa eu preciso deixar claro que a ideia original dessa estória pertence à Kelle Cristine (@LeleChou) ela decidiu parar de escrever a fic no começo do terceiro capitulo. Contudo eu não parava de ter ideias para a mesma e então o contexto da trama foi usado como base para a atual história. Ela conta com partes da narração original, porém com alterações. Basicamente os dois primeiros capítulos conservam a essência dos originais com a trama modificada e adições conforme meu estilo e várias revisões. O esqueleto do terceiro capítulo original, por sua vez, foi o que deu embasamento para a ocorrência da “Karaokê Party” um pouco mais adiante na narração.

 


Couple Themes:

Teuk – Jenny : Hello – Beyoncé

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CAPÍTULO I


Sentando-se em frente ao computador, ao lado uma enorme xícara de café, e vários papeis sobre sua mesa com esboços de alguns projetos e ideias, assim começava mais um dia na vida de Isis, Aishi para os íntimos. Desde que se formou em design digital trabalha como diretora de artes gráficas de uma pequena produtora de comerciais, e com o fim do prazo de entrega de um comercial de roupas as coisas andavam corridas por lá. A garota mal respirava direito, enquanto tentava dar conta de seu trabalho.
Precisando pegar um vídeo na sala de edição, ela levanta-se de sua mesa, atravessando os outros setores, a área de pré-produção, a sala para reuniões de pauta, o que incluía os bastidores do estúdio de gravação.
– Me desculpe...  – Alguém disse depois de esbarrar nela.
– Tudo bem, a culpa foi minha, estava tão apressada que nem prestei atenção no meu caminho – O moço alto de cabelos castanhos lhe sorriu abaixando a cabeça sem graça.
– Eu sou Isis do setor gráfico e você quem é? Não me lembro de você por aqui.
– Meu nome é LeeTeuk, vou participar do comercial de perfumes. – respondeu ele com um sorriso.
– Ótimo, espero que tudo dê certo. – falou ela já saindo.
– Hey! Ainda lhe devo um pedido de desculpas, que tal almoçar comigo?
A garota se virou lentamente mirando-o, analisou seus olhos, definitivamente ele não estava dando encima dela, o rapaz estava apenas sendo gentil e por mais estranho que possa parecer Aishi se simpatizou com ele.
– A uma e meia tá bom pra você? – perguntou ele sorrindo, fazendo com que uma convinha se formasse no canto direito de sua boca.
– OK! Até mais tarde então. – falou já seguindo as pressas para a sala de edição.
 
~~~~*~~~~

Sobre a mesa papéis espalhados, Priscila lia cada caso e separava-os por ordem de urgência, eram coisas pequenas, divórcios, pensões, pensões alimentícias, brigas de vizinhos. A garota era  uma advogada recém-formada, sonhava com seu primeiro caso importante, mas era paciente, sabia que logo o escritório de advocacia que abrira com os amigos da faculdade estaria famoso e os grandes júris estariam abertos pra ela.
- Não sei como uma garota tão bonita aguenta isso.
Pryh se assustou ao perceber que tinha alguém em sua sala, ou melhor, sentado na cadeira a sua frente bagunçando a pilha de papéis que acabara de arrumar. A advogada não sabia se ficava com raiva pelo susto ou pela bagunça que o desconhecido havia feito. Mas fácil optar pelos dois.
– Quem é você? E o que faz aqui? – indagou metralhando o moreno com o olhar.
  – Calma linda! – disse ele com um sorriso sarcástico nos lábios. – Só estou esperando minha irmã, ela me disse que ficasse à vontade.
  – Com certeza não era “à vontade” na minha sala. – falou ríspida, enquanto tentava reorganizar os papeis da mesma forma que antes. Porém isso era apenas uma fachada, pois a garota estava com medo do individuo a sua frente.
  -Você deve ser o irmão da Ahra, certo?
  - Usou todos os seus conhecimentos de advocacia para descobrir isso minha linda?
  Ele perguntou rindo de escárnio, pois sabia que única asiática do escritório era sua irmã, ao mesmo tempo o rapaz se inclinava sobre a mesa, chegando mais perto.
  - Já está me irritando – ela queria dizer “assustando” – poderia esperar sua irmã lá fora? Senhor...
  - KyuHyun ... Cho KyuHyun – falou e levantou-se e indo até o outro lado da mesa, parando em frente a advogada, a qual ficou imóvel devido ao medo. Ele segurou-a pelo queixo e sussurrou em seu ouvido: – Você ainda vai ouvir muito meu nome.
Dizendo isso, saiu do local como se nunca tivesse entrado, deixando para trás uma Priscila petrificada.

~~~~*~~~~

 “É só mais um teste, é só mais um teste” repetia Jennifer para si mesma em pensamento. A garota estava sentada no chão com as pernas cruzadas, tentava não reparar no número de pessoas a sua volta, que assim como ela, tentavam uma vaga naquela companhia de dança. Jenny, como era chamada, sonhava em ter sua própria companhia, mas enquanto isso pretendia ganhar experiência trabalhando para os outros. Seus pensamentos foram interrompidos quando um rapaz arrogante adentrou na sala e mesmo desejando com todas as forças que não o fizesse, mas ele se sentou do lado dela.
– Não pensei que viessem tantas pessoas... – comentou ele olhando em volta, e antes que Jenny pudesse dizer algo continuou – Pobres coitadas, vai ser tão triste pra elas quando forem rejeitadas. Jenny olhou pra ele esguelha e deu um suspiro de desdém.
– O que é? As pessoas têm que ser confiantes.
– E tem algumas que confundem confiança com arrogância, Argh! – A garota iria dizer-lhe mais algumas coisas, mas a chegada da assistente da companhia interrompeu-a.
– Só temos vaga pra um casal, assim, vocês serão chamados de dois em dois, duplas essas que já foram escolhidas com base no vídeo de inscrição de vocês. O resultado sai ainda hoje, no caso de empate os concorrentes se apresentaram de novo até que o júri chegue a uma conclusão. No mais, boa sorte! – falou ela e começou a informar às pessoas que formariam os parceiros de dança. Depois de alguns nomes chamados chegou à vez de Jenny e pra seu desespero era justo com o “Sr. Confiança”.
Praguejando a pessoa que escolheu os pares ela seguiu para a sala onde seria realizado o teste. De frente ao júri os dois tiveram que dançar juntos, porém aquilo parecia mais uma briga de rua do que uma entrevista de emprego. Ambos só queriam, a todo custo, mostrar quem era o melhor. Depois de alguns minutos que pareciam horas devido ao desconforto e rixa a música parou.
– Muito bom. – saudou um dos jurados. – As outras duplas ficaram tão nervosas por serem avaliadas, mas vocês... Estavam totalmente à vontade, parabéns! Até agora foram os melhores.
Ao ouvirem isso fizeram uma reverencia e deixaram a sala, encaminhando-se ao local em que aguariam o restante das avaliações.
– Não sei como puderam escolher você... – alfinetou Jenny com cara de nojo.
– ”EU” tenho talento, não preciso de um par de seios de silicone. – falou ele todo esnobe. Com esse comentário a garota ao seu lado explodiu, levantando-se.
– O QUÊ??! Para a sua informação meus peitos são de verdade, e segundo eu nunca precisei deles pra facilitar nada na minha vida, você nem me conhece, então cala a sua boca. – despejou ela irada.
Mesmo sentindo um ódio enorme por ela, o rapaz ficou satisfeito em tê-la irritado. – Se você acha que esfregar os peitos na cara de alguém não te ajuda em nada, por que mesmo assim o faz?
– Que saber? Não vou ficar discutindo com um baixinho como você.
Ela disse virando de costa. Ele levantou nervoso, a estatura era seu ponto fraco.
– Eu não sou baixinho, tenho 1,75cm, sou maior que você.
– Você, melhor do que ninguém deveria saber que meio centímetro não faz nem cócegas. – rebateu Jennifer olhando para o meio das pernas do rapaz.
DongHae estava para explodir também, se isso acontecesse iria rolar um barraco daqueles, mas felizmente a assistente entrou na saleta interrompendo qualquer situação constrangedora que viesse a ocorrer.
– Senhorita Jennifer, Senhor DongHae... Acompanhem-me, por favor.
Os dois pegaram suas coisas ainda se encarando e a seguiram.

~~~~*~~~~

As três garotas chegaram a casa em que moravam ao mesmo tempo. Jenny abriu a porta se jogando no sofá. O rosto mostrando a raiva que sentia do rapaz que queria ter matado. Mas o que se via por fora não era nem metade do que ela sentia por dentro, como a ponta de um iceberg, a maior parte esta escondida sob a superfície.
  – Maldito dia! – Praguejou.
  Pryh com as correspondências na mão se sentou ao lado dela. A advogada ainda estava confusa com o acontecimento do escritório. Só agora havia percebido que se a mesma cena tivesse acontecido com outro cara ela teria defenestrado[1] tal pessoa.  Porém não o fez, pelo contrario, ficou bastante assustada com o garoto. Aquilo não era uma reação normal.
– Estranho dia. – Suspirou.
Aishi que voltava da cozinha com três latinhas dos respectivos refrigerantes favoritos das garotas se juntou a elas no sofá com um sorriso nos lábio. – Que belo dia. – disse alegremente ao entregar-lhes as latas. – Hey! O que esta pegando aqui? – perguntou ela ao ver que as expressões de suas amigas não eram tão boas.
– Eu quase fui atacada por um tarado lá no meu escritório. – contou a advogada sem tirar o olho das cartas,
– O QUÊ?! – Jenny e Aishi disseram em uníssono.
– É o irmão mais novo de uma das meninas do escritório, apareceu na minha sala do nada, me chamando de linda e me olhando estranho. – Pryh se arrepiou de medo só de lembrar.
– Seu dia não foi pior que o meu. – Jennifer confortou-a jogando a cabeça para trás com um bico enorme nos lábios.
– Não passou no teste? – Perguntou Aishi pensando em formas de consolar a amiga.
– Passei.
– E então?
– Mas vou ter que dançar com um completo idiota. – Jenny trincou os dentes e socou uma almofada. – E você Aishi? Que sorriso é esse? – a garota mudou de assunto para não se irritar ainda mais.
– Conheci um carinha hoje... – começou ela sorrindo.
– Ih, já tá de rolo. – Pryh disse rindo sacana.
– Pior que não. – rebateu a outra. – A gente saiu pra almoçar, mas não rolou esse tipo de química. Era como se fossemos amigos há muito tempo.
– AMIGOS? Sei... Sei muito bem, isso é sempre o começo de tudo. – Jenny debochou.
– Aishi e Jenny ficam conversando enquanto Pryh lia uma carta em especial.
– Ah não! – falou a advogada como se tivesse recebido a noticia de que seu cantor favorito iria parar de cantar.
– O que foi Pryh? – as outras duas voltaram à atenção a amiga.
– O aluguel e os impostos dobraram de valor. – falou apontando para o papel em sua mão.
– Maldito shopping! – Jenny exclamou com raiva.
As três moravam em uma casa gigantesca em um bairro nobre no Canadá, dois pavimentos, oito suítes, duas piscinas e mini academia, mas como a região era calma, o preço bom, e ainda ficava perto de tudo, o tamanho exagerado não foi problema na hora de alugar o local, mas com a construção do novo shopping a poucos metros dali, elas sabiam que logo as coisas mudariam.
– Temos duas opções. – disse Pryh encarando as amigas – ou nos mudamos, ou conseguimos mais gente pra dividir as despesas.
–Eu não quero me mudar daqui. – Jenny fez bico.
– Eu também não – Pryh olhou pra Aishi que mesmo rabiscando alguma coisa assentiu. – Então só nos resta a segunda opção.
– Mais mulher não, nós três de TPM já é insuportável, imagina mais uma? – Jenny indagou revirando os olhos.
– Mas duas você quis dizer. – Aishi parou de anotar – Pelas minhas contas vamos precisar de mais duas pessoas pra fazer o orçamento caber e o melhor seriam três pra não ficar “apertado” pra ninguém.
  – Três homens dentro de casa? Nem pensar! – rebateu a advogada se levantando, uma expressão de incredulidade estampada no rosto.
  – Mas Pryh... – Jenny tentava argumentar.
  Priscila não era do tipo de pessoa certinha, pra falar a verdade nenhuma das três eram cada uma tinha a sua loucura. Mas já estavam morando em outro país, mesmo que já tivessem se passados dois anos, elas tomavam muito cuidado pra não criarem problemas desnecessários a sua estadia.
  – Se a gente souber escolher bem não vejo problema algum. – indagou Isis –  vai ser bem difícil enganar nos três. – completou ela convicta.
– Mas vamos perder nossa privacidade... – Priscila ainda tentou defender sua opinião. Porém no final das contas ela se deu por vencida, o argumento da maknae era válido. A única coisa que teriam de fazer era inspecionar bem os potenciais candidatos. Depois de chegaram a um acordo as três se dirigiram ao computador para fazerem os panfletos.
  – Agora é só colar isso em lugares estratégicos e esperar. –         Aishi disse admirando o anúncio.
  – Nada disso, precisamos discutir os requisitos básicos e fazer um contrato. – A advogada de plantão ataca novamente.
– Você tem que relaxar Pryh, é por isso que nunca consegue um namorado. É só a gente escolher os que forem menos idiotas e pronto. – Jenny disse rindo.
  – Olha quem fala. A senhorita “eu odeio homem”, primeiro quer trazer homens pra morar aqui e agora me aconselha a arrumar um namorado. Amiga, acho que você não tá legal. – rebateu a outra com um sorriso sarcástico, ganhando em troca um olhar mortal.
– Eu só penso de maneira prática, homens são todos uns imbecis, é muito mais fácil de controlá-los. – Replicou ela fazendo cara de inteligente.
  – Pensando assim vai quebrar a cara amiga. – Aishi interveio.
  – Eu já pensei diferente e quebrei a cara. – Jenny disse ríspida. – E você não conta, vê bondade em todo mundo.
  Aishi olhou pra Pryh esperando uma defesa, essa desviou o olhar fingindo que não era com ela. – Já vi que perdi. Mas então, como vão ser as entrevistas?
– Nós três temos que estar presentes. – Ponderou Jennifer.
– E para nossos gostos pessoais não interferirem na escolha... – essa foi uma indireta bem direta para Jenny.  – O voto da maioria vence, a não ser que a minoria tenha um bom argumento. – Priscila falava enquanto fazia anotações.
  Depois de mais ou menos uma hora elas já tinham um roteiro básico para as entrevistas. Com todas as perguntas que seriam úteis. Com a chegada da noite elas pediram alguma coisa para o jantar e se recolheram, bem cedo, em  seus quartos que ficam no segundo andar.



[1] Defenestrado: Do verbo “defenestrar”. Ato de atirar alguém ou alguma coisa pela janela. Em sentido figurado também pode significar “eliminar” determinada pessoa.