[ N/A: coloque
essa música para
carregar ]
– Copo de Frango Pop Funny, por
favor, experimentem! Copo de Frango Pop Funny, por favor, experimentem! – eu
gastava minha voz pela milionésima vez naquela manhã, mas fazer o que, eu
precisava daquele emprego.
– Desculpe a indelicadeza,
esqueci de me apresentar, sou Aghata Choi, vim morar com meu pai na Coréia do
Sul a cerca de um ano, e atualmente estava precisando desse emprego de meio
período para ajudar a me manter. No fim das contas não foi tão ruim, já que eu
passava a maior parte do tempo sozinha mesmo. E vender aqueles copos de Frango
que vinham com um compartimento de refrigerante no fundo não era tão difícil,
eles pareciam mesmo gostosos.
– Annyeonghaseyo JinKi Oppa! –
cumprimentei um rapaz o qual já era um “cliente da casa” ele passava todos os
dias para comprar um Pop Funny, e às vezes ainda arrastava um amigo junto. Isso
é que é gostar de frango.
– Annyeonghaseyo YoungMi-ssi! –
por não conseguir pronunciar meu nome ocidental sem precisar ficar falando
silaba por silaba, assim como a maioria das pessoas que eu conhecia, ele usava
o coreano. Geralmente eu preferia meu nome ocidental e ainda achava meio
estranho quando as outras pessoas diziam, mas de alguma forma JinKi conseguia
fazer "YoungMi" soar mais agradável aos meus ouvidos.
– Como foi seu dia hoje Oppa? –
perguntei já entregando seu copo de frango.
– Um pouco cansativo, o que me
deixou morrendo de fome. Mas YoungMi-ssi o que houve com suas luvas? – ele
apontou para minhas mãos um pouco avermelhadas pelo frio.
– Elas me atrapalham então
deixei em casa. – respondi enquanto preparava o pedido de outro cliente.
– E agora vai ficar
congelando. – seu tom era desaprovador, mas eu precisava trabalhar, então
não mudaria de idéia. Ele ia abrir a boca para falar mais alguma coisa, mas foi
interrompido por seu celular tocando histericamente. Afastou-se, sem largar o
copo de franco, enquanto conversava um pouco nervoso com a pessoa da outra linha.
Alguns minutos depois ele voltou. – Surgiu um imprevisto no trabalho, vou não
vou poder te dar bronca agora dongsaeng. – eu ri e ele balançou serrou os
olhos. – Annyeongigaseyo. – disse ele fazendo uma reverencia com um sorriso
fofo.
– Annyeongigyeseyo. – respondi
também sorrindo, e voltei à gritaria.
Trabalhei freneticamente mais
alguma horas, JinKi não apareceu novamente, presumi que os problemas no
trabalho foram mais sérios do que o que pensei. Estava quase no horário de
saída quando outro rapaz apareceu não que eu só vendesse frangos para mulheres,
mas aquele me chamou a atenção por um motivo especial.
– Annyeonghaseyo você é Aghata
Choi certo?
Quase pulei para traz quando
ouvi meu nome, e dito de forma certa ainda. HeeYoung que havia chegado naquele
momento para assumir seu posto desatou a rir. Menina besta, essa minha unnie,
mas eu ia fazer o que se ele me assustou?
– Sim, so-sou eu. Por quê?
– JinKi me mandou trazer isso.
– ele me entregou um par de luvas. Quando ele disse o nome do Oppa eu me lembrei
de outros detalhes, já havia visto aquele rapaz, algumas vezes ele acompanhava
JinKi para comprar frangos, mas geralmente ficava calado em seu canto, só
observando.
– Mas agora?
Já fazia uma três horas que ele
havia saído dalí, é claro que eu iria estranha. Ao ouvir minha pergunta o rapaz
ficou um pouco sem graça. Passou a mão na nuca sem saber o que dizer direito.
– Faz algum tempo, mas eu
acabei me atrasado pra fazer isso. – confessou por fim um pouco envergonhado.
– Tudo bem, eu prefiro
trabalhar sem luvas mesmo. – ele assentiu e ficou parado me olhando.
HeeYoung me chamou para
podermos trocar de turnos, pedi licença e fui fechar o caixa. Quando voltei o
garoto ainda estava parado no mesmo lugar. O que ele queria agora?
– Aconteceu mais alguma coisa
"amigo-do-JinKi-Oppa"?
Percebendo que não havia se
apresentado ele ficou ainda mais sem graça.
– Oh! Mianeo! Cheo neun Henry
Lau imnida!
– Henry!? – esqueci toda a
formalidade que meu pai me ensinou nessa hora. Ainda bem que ele não estava
perto pra me dar bronca. Que culpa tenho eu se estranhei o nome. Tudo bem que
eu já esperava que ele não fosse coreano, mas ouvir um nome ocidental foi muito
estranho. Isso explica o fato de que ele não teve tanta dificuldade com meu
nome.
– Sim, eu sou canadense. – respondeu
como se tivesse lendo meus pensamentos.
Depois da gafe com o nome dele
e tal, acabei colocando as luvas e seguimos caminhando juntos, descobri que ele
mora perto da minha casa, seu pai era de Hong-kong e sua mãe de Taiwan. Ele
crescera no Canadá e estava na Coréia a mais de três anos. E, tocava violino.
Nem preciso dizer que fiquei super animada com isso. Henry era muito legal, e
com o tempo nos tornamos grandes amigos.
* Três anos
depois...*
– YoungMi unnie você devia ir
pra casa, o expediente já acabou. – SooJin tentou chamar minha atenção,
organizava algumas coisas no estoque.
– Não vou demorar dongsaeng, só
preciso fechar esse orçamento. E você já devia ter indo pra casa, então pode
ir, eu tranco tudo quando sair.
– Tudo bem unnie, só não fique
até muito tarde. Annyeongigaseyo.
– Annyeongigyeseyo. – respondi
mal tirando os olhos do livro de contas.
Algumas coisas haviam mudado em
dois anos, eu havia sido promovida, duas vezes, quando passei a trabalhar em
período integral na loja, um mês depois de passar na faculdade, comecei a
receber treinamento para ajudar o subgerente da loja. Um ano e alguns
meses depois o subgerente foi transferido para outra filial, e como eu já sabia
de praticamente todo o serviço dele fui promovida a esse cargo. Agora fazia
seis meses que eu era à subgerente.
– SooJin eu não disse para você
ir pra casa? – reclamei quando uma caneca de chocolate quente foi colocada na
minha frente. Era típico de ela fazer isso, apesar de eu ser sua sunbae no trabalho
era ela quem vivia cuidando de mim.
– Errou sua maknae já foi. –
uma voz masculina soou em meu ouvido seguido de uma risada nasalada.
Pulei da cadeira, Henry, sempre
me assustando. Provavelmente ele havia encontrado com SooJin na porta e ela o
deixou entrar. Eu já devia ter me acostumado às visitas surpresas dele, mas
como deu pra perceber não é algo tão fácil.
– Henry Lau quer parar de me
assustar!? – gralhei, ele apenas riu e me deu um beijo. Sim estávamos namorando
a algum tempo.
– Estou feliz em te ver também.
– sussurrou fazendo um bico. Criança mimada.
– Não acha que você já
trabalhou demais por hoje? Temos um jantar pra ir caso não se lembre. – falou
ele como quem não quer nada.
Senti vontade de enfiar minha
cara em meio aos papeis. Até havia me lembrado de usar uma roupa que poderia
ser aceitável em um jantar quando passei em casa a tarde, mas acabei me
perdendo com as contas e nem me lembrei. Henry, apesar de todos os motivos para
ficar irritado com isso estava se saindo bem compreensivo, e até me ajudou a
fechar tudo.
Seguimos abraçados até o carro
dele – eu estava sem carro, já que peguei um taxi para vir trabalhar – assim
que entrei no carro ele me entregou um casaco que eu havia deixado em sua casa.
– Se depender de você eu nunca
vou passar frio né?
Ele riu malicioso.
– Pode apostar que não.
– Seu pervertido não tava
falando nesse sentido! – reclamei e ele fez cara de desentendido. Ele não
mudava mesmo.
[ N/A: Dê Play na música
]
Henry me levou a um restaurante
em que nunca havíamos estado antes. Era um local simples, mas muito
aconchegante. As paredes externas eram inteiramente feitas de vidros
estilizados com arabescos florais. E graças ao final de ano, a calçada estava
coberta de neve. As pontas de gelo que pendiam da marquise de madeira haviam
sido decoradas com pequenas luzes de natal, dando a fronte do estabelecimento
um ar um tanto mágico.
Fomos direcionados a uma mesa
perto de um pequeno palquinho, onde uma garota loira com um rosto que me
lembrou um hamster totalmente apertável cantava alguma baladinha. Henry,
cavalheiro como sempre, se posicionou atrás da cadeira me ajudando a sentar, e
depois seguiu para seu assento. Fizemos nossos pedidos, que por sinal estavam
ótimos. Quando eu estava terminando minha sobremesa ele pediu licença e
se levantou.
Alguns segundos depois o garçom
trouxe uma pequena bandeja prateada coberta por uma tampa. estranhei, já que
não havíamos pedido mais nada. Fiz menção de abrir-la, mas fui barrada pelas
mãos do garçom que se posicionaram sobre a tampa. Iria começar a reclamar
quando uma voz vinda do palco me chamou atenção.
– Com licença. – ele chamava a
tensão do clientes do restaurante para que fizessem silencio. – primeiramente
me desculpem por interromper o jantar de vocês. Mas eu tenho algumas palavras
de dizer.
Olhei para ele confusa. Henry
me deu um sorriso traquina e tirou o microfone do suporte e caminhou um pouco
mais para frente do palco.
– A uns três anos, mais ou
menos nessa época conheci uma garota teimosa, meio atrapalhada, que me chamou atenção
desde os primeiros segundos que a vi. Na época eu acreditava que ela mal havia
me notado, já que para mim seu interesse estava direcionado a um amigo meu.
– O que esse garoto ta armando.
– murmurei baixo, mas não foi suficiente para que o garçom não ouvisse, já que
ele deu uma risadinha nasalada. Isso era outro sinal de que Henry iria
aprontar. Ótimo eu estava quase entrando em pânico.
– Um mês se passou e num dia
frio feito o de hoje, meu amigo chegou ao trabalho resmungando sobre a teimosia
dela em não usar luvas durante o trabalho, que na época era na parte aberta de
uma loja. Fiquei preocupado, pois o dia realmente fora congelante.
Terminei meu serviço rápido e fui até onde ela estava só parando para passar
num shopping. Quando cheguei era o final de seu expediente, ela ainda
trabalhava duro e com um sorriso que até hoje tenho certeza de ser o motivo de
muitos dos clientes irem até o local.
Naquele momento eu estava em
prantos. Nem Henry, nem JinKi nunca haviam me contando esse pequeno detalhes sobre
aquele dia.
– Me lembro até hoje dela,
distraída que só, levando um susto gigantesco quando lhe chamei.
Os clientes, assim como eu,
riram de imaginar a cena.
– Enfim, o tempo passou e fomos
nos tornando próximos, começamos a namorar e eu descobri a garota engraçada e
mulher extraordinária que ela é. Passamos ótimos e inesquecíveis momentos
juntos. E hoje tenho algo especial a fazer.
Algumas pessoas começaram a
cochichar baixinho chamando a atenção de Henry, que até então estava me olhando
com os olhos brilhando.
– Ela, ela, ela. Vocês já devem
estar curiosos pra saber de quem estou falando né? – algumas pessoas
confirmaram a questão, me fazendo rir. Bando de curiosos. – Bem estou falando
dessa linda mulher sentada a direita do palco.
Henry apontou em direção a
nossa mesa, me fazendo receber alguns olhares que me fizeram sorrir
envergonhada.
– YoungMi, minha pequena Aghata...
– ele desceu do palco vindo em minha direção – Sei que as vezes sou um pouco
ciumento, bobo e faço coisas que te estressam, e, mesmo com esses defeitos você
continua ao meu lado.
Ele se ajoelhou a minha frente.
As lagrimas já corriam livremente e um sorriso bobo se apossou de meu rosto. O
garçom finalmente revelou o conteúdo da bandeja, era uma caixinha em forma de
cupcake. Henry a abriu revelando um anel prateado com cristais brancos em torno
de um coração feito de Rubi Da Birmânia.
– Aggie, você aceita se casar
comigo?
– Eu... Eu... Claro que sim. –
consegui dizer finalmente, a voz falha devido ao choro.
Henry me deu um de seus
sorrisos mais lindo, colocou o anel em meu dedo e juntou seus lábios aos meus
num dos beijos mais apaixonados que já havia experimentado. Apesar do frenesi
que a sensação me causava eu ainda consegui ouvir - ao longe - alguns aplausos
e assovios vindos dos presentes no local.
Sabe, no final das contas tenho
mais um motivo pra gostar do inverno. O tempo frio sempre acaba gerando-me boas
lembranças...
N/A: Maaaooee consegui postar. Aggie vc ta proibida de
conhecer cristo mais cedo okay? Enfim, sorry a enrolação espero que tenha
curtido a fic. Ta muito clichê que eu sei, mas foi o que consegui. *apanha*